A Entrevista (2014)

Olá, meus caros.

História: Dois apresentadores de um programa de TV são incumbidos de assassinar o ditador norte-coreano durante uma entrevista.

A controvérsia em cima desse filme foi incrível. Só lembrando, o filme "A Entrevista" foi roubado em sua totalidade por hackers dos computadores da Sony Pictures. Ele acabou sendo carregado na internet antes do lançamento e aparentemente os norte-coreanos e simpatizantes da ditadura não gostaram do que viram. Ameaças de terrorismo, caso o filme fosse exibido, circularam pelos veículos de comunicação. Com isso, a Sony cancelou o lançamento. Entretanto, movimentos que prezavam pelo direito de expressão fizeram com que a Sony voltasse atrás. No fim das contas, "A Entrevista" acabou sendo lançado apenas em alguns cinemas.

Uma infeliz notícia, pois o filme é uma porcaria. Tenho certeza que os norte-coreanos não queriam explodir tudo porque o filme tira sarro de Kim Jong-un, e sim porque o filme é de uma qualidade nada aceitável.

No fundo, eu realmente esperava coisa melhor desse filmeco. Contudo, ele mostrou ser mais uma babaquice estereotipada que tenta fazer piada com temas mais sérios. Um lixo tóxico cinematográfico que não conseguiu nada além de fazer as pessoas perderem seu tempo. A atuação de James Franco é detestável. O roteiro é ridículo. As piadas são de extremo mal gosto. "A Entrevista" é aquele tipo de filme que mostra mulher nua e cenas imbecis de festas onde todo mundo acaba bêbado e acorda no dia seguinte sem saber o que fez no noite anterior. Aquela velha pegada de American Pie. Todos os atores e atrizes parecem adolescentes excitados.

Uma sátira que não conseguiu inovar em nada, que imergiu em esteriótipos e piadas pouco originais. Um tédio absoluto, que apenas pessoas imaturas conseguiriam gostar. A trilha-sonora é composta quase que exclusivamente por musiquinhas da moda (Kate Perry principalmente). Será que os americanos não entendem que o simples fato de mostrar um estereótipo o consolida ainda mais?   

O filme tenta acrescentar uma clima "à la Tarantino", com algumas cenas de ação diferentes, mas que não funcionam na estrutura geral do filme. O filme possui bons efeitos especiais, somente por esse motivo não atribui nota zero a ele.

Não vale nada a pena assistir. 

NOTA: 0

Mandando Bala (2007)

Olá, meus caros.

Alguns dias atrás mencionei "Mandando Bala" na análise de "De Volta ao Jogo" e acabei ficando com muita vontade de analisa-lo. É um filme de ação descerebrada onde a improbabilidade das situações beira a estratosfera. Mas é justamente isso que torna o filme interessante e bastante diferente. Ele é exagerado e não tenta esconder isso. Tal fato é que faz o filme funcionar tão bem. Ação desenfreada do começo ao fim.

Mr. Smith (Clive Owen) estava comendo sua habitual cenoura e esperando o ônibus tranquilamente quando uma situação singular chama sua atenção. Uma indefesa moça em trabalho de parto passa em sua frente. Ela estava sendo perseguida por um valentão armado. Sendo um mocinho de bom coração era impossível que Smith não interferisse na situação. O tiroteio que segue é único! Smith faz o parto da moça enquanto dizima uma horda de brutamontes. Quando o bebê nasce, Smith corta (Ou melhor explode) o cordão umbilical dele com um tiro! Uma das sequências mais surreais que já assisti. Mas tudo é muito bem feito, então, fica impossível não gostar.

Coma seus vegetais!
Você acha o seu trabalho difícil??
No decorrer do tiroteio a moça morre (Headshot) e fica a encargo de Smith cuidar do bebê e desvendar o mistério que envolve essa peculiar situação. A partir desse ponto Smith junta forças com Donna Quintano (Monica Belucci), uma digníssima meretriz especializada em lactação (O bebê precisa comer, né?).



O diretor/roteirista de "Mandando Bala" é Michael Davis, que por sua vez, dirigiu apenas sete filmes, sendo que um deles é o hilário "100 Garotas". A inspiração de Davis para filmar essa preciosidade foi uma cena do clássico de John Woo, "Fervura Máxima" (1992), onde o personagem de Yun-Fat Chow salva um bebê em meio a um tiroteio.

Davis fez um ótimo trabalho elevando clichês de ação a um nível absurdo, criando uma verdadeira sátira. As cenas de ação são completamente exageradas. Smith consegue se livrar de uma situação mais desesperadora que a anterior de maneira bastante criativa. Também somos apresentados a algumas cenas bastante originais. Smith matando enquanto transa, Smith matando em plena queda-livre, Smith matando com os dedos quebrados (Usando uma cenoura!)... O hall de situações bizarras/cômicas é infindável. Não obstante, o visual do filme lembra muito os quadrinhos da Vertigo. Ainda temos toneladas de sangue computadorizado completando o bolo.

O roteiro é simples e objetivo, funcionando muito bem para um filme desse tipo. A trama é um pouco mais profunda do que aparenta. Temos uma historinha de fundo bastante interessante, com algumas interpretações políticas superficiais. Temos muitos momentos cômicos que se encaixam muito bem entre as cenas de carnificina.

A trilha-sonora é... 

Meu Deus, eu choro só de lembrar... 

Nas cenas de tiroteio somos agraciados com o melhor do rock. Motorhead e AC/DC para citar alguns exemplos. Tem coisa melhor que filme de ação com heavy metal??

Apenas dois personagens foram desenvolvidos no decorrer da trama. O próprio Smith e o seu nêmesis, Karl Hertz, interpretado por Paul Giamatti. Hertz é hilário, um sujeito canastrão que perde a calma muito facilmente. 

É tudo uma questão de perspectiva... Armas não matam ninguém, mas elas com certeza ajudam.
Por que minha arma é melhor que minha esposa? Na arma eu consigo colocar silenciador!
Entendedores entenderão!
No fundo todo a carisma do filme fica a encargo de Smith. O cara é um mestre com uma arma nas mãos. Inovando a cada morte, Smith não erra nunca! Sabe por quê? Beta-caroteno. São carbonetos com pigmentos foto-sintéticos que formam certos alimentos. Dentre eles a cenoura. Lembra aquela história da vovó de que cenoura faz bem para a visão? Bom, é verdade. Por isso Smith não erra nunca, sua visão é insanamente perfeita. Além disso, conseguimos nos importar com ele. Poxa, a cara está matando um bando de bandidos e desvendando um mistério que poderia transformar a política americana. Como não nos importaríamos com esse simpático assassino?

Legolas: Quantos você já matou? Estou em 17!
Smith: Estou em 323!
Punk, você não está com sorte, acredite...
A grande crítica do filme é o exagero. Aquilo que o distinguiu também  o crucificou. Um daqueles filmes: Ame ou odeie. Não temos meio termo. Porém, o filme foi totalmente sincero sobre o seu conteúdo. É só olhar o título. Não é bom esperar uma obra-prima psicológica com um título desses. Se ação é o que você quer, ação é o que você terá. "Mandando Bala" sem dúvida se tornará um clássico cult no futuro.

Você ficara surpreso com o quê as cenouras podem fazer!
 NOTA: 8.5

O Juiz (2014)

Olá, meus caros.

Não entendi o porquê de tantas pessoas terem dado nota 10 para esse filme na página de críticas do IMDB. Esse filmeco não passa de uma tentativa melodramática para fazer o expectador chorar. 

Hank Palmer (Robert Downey Jr.), um bem-sucedido advogado retorna para sua cidade natal no interior do estado para o velório de sua mãe. Joseph Palmer (Robert Duvall) é o pai do advogado e é o juiz da cidade. Pai e filho brigaram no passado e não se entendem bem. O juiz é acusado de assassinato. Quem vai defender? É isso mesmo, o filho rebelde.


Colocaram todos, TODOS, os clichês possíveis e inimagináveis para compor essa marmelada cinematográfica. O filho rebelde, o irmãozinho com problemas mentais, o pai durão, o relacionamento amoroso não terminado e por aí vai... 

Fala sério... 

As atuações dos dois atores principais são de fato excelentes (Eles conseguiram chorar, hoje em dia isso vale bastante), mas não compensam pelo filme todo. Foi excruciante ficar 2h20 (Isso mesmo, o filme é longo pra c...) assistindo uma cena clichê atrás da outra. Poxa, hollywood não consegue nem fazer um filminho de ação meia-boca direito, por que diachos eles pensaram em fazer um drama de tribunal?? 

Parece que quem deu nota boa desconsiderou todos os outros aspectos do filme e se focou apenas nas atuações... Aí é muito fácil, né? O filme não é feito só de um elemento. A trilha-sonora não é marcante, algumas cenas totalmente desnecessárias (Inclusive, uma de incesto acidental!), as cenas no tribunal não são nem de longe boas, o famigerado Robert Downey Jr. que não consegue ser nada além do Homem de Ferro. Clichê, clichê, clichê. Comentei que tem clichê?


Ainda não terminou, infelizmente. A única coisa original no filme é a personalidade do juiz. Original não significa bom. Isso é importante ressaltar. O velho prefere dar chance a um criminoso do que dar outra chance ao próprio filho! Que tipo de porcaria é essa? Na cabeça dele são lições que o filho deve aprender. Ninguém merece um pai desses, que maneira mais ridícula de chegar a um objetivo, ein? O pior é que ele se acha certão... 


Pior ainda é ele querer ser condenado, por achar ter realmente matado uma pessoa, que era um criminoso aliás... Ele não se lembra do incidente porque a esposa tinha morrido e ele estava com problemas de saúde, pressão psicológica, sabe? Mas ele acredita ter matado. Poxa, aí você dificulta o trabalho do advogado, né? O juiz não queria que o filho usasse de estratagemas para ganhar a causa. Ele queria a verdade. Mas ele próprio não sabia qual era a verdade por estar com perda de memória! 

Tá vendo porque esse filme é um lixo. Não tem muita lógica.

Colocaram o pai chorando, o filho dando banho pai, a namorada negligenciada  que ainda ama o advogado mesmo depois de 20 anos. No filme o pai e o filho choram no tribunal, vão pescar juntos, depois o juiz morre... Aquela salada que só seria válida se estivéssemos na década de 30. Em pleno 2014 vir com um filme desses é brincadeira. É subestimar o senso crítico da audiência. O filme é um melodramatismo exagerado que não termina nunca. Fizeram de tudo para a audiência se sensibilizar e chorar um pouquinho. Mas é impossível que isso aconteceu em um filme clichê e sem lógica como esse.

Ele deveria se chamar "A Porcaria" e não "O Juiz".

NOTA: 2.5

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário (2014)


Olá, meus caros.

Quando li pela primeira vez que iriam lançar um novo filme dos Cavaleiros do Zodíaco fiquei bastante intrigado. Ainda mais por ser uma animação gráfica (CGI). Eu até me considero fã da saga. Não um hardcore, a ponto de gastar centenas de reais em miniaturas dos personagens. Mas eu realmente adorava o desenho (Sim, eu sou da época que tudo era desenho) que passava na TV. Todo dia lá estava eu lançando alguns "meteoros de pegasus" na minha sala enquanto assistia ao desenho. Minha mãe até comprou o VHS do primeiro filme dos Cavaleiros (1987). Pedi a conta de quantas vezes eu o assisti.


Além de tudo isso, a música de abertura era fantástica! Para ouvi-lá clique aqui. (Pause a música do blog antes).

Bom, qual não foi minha surpresa ao assistir a este novo filme. Simplesmente uma tentativa pífia de renovar a saga, que conseguiu justamente o contrário: prejudica-la. 


Está parecendo um Power Ranger

O melodramatismo foi exagerado demais! Nenhum dos cavaleiros tinha o mínimo de carisma ou desenvolvimento! Atena era uma menina mimada e sem expressão! O heroísmo foi sem graça! E o principal, o Ikki de Fênix quase nem aparece e quando aparece só toma porrada! O vilão é um idiota que levou 20 anos realizando um plano e ainda perdeu feio! Que bicho inútil!

Dos 12 Cavaleiros de Ouro, 9 são bonzinhos. Que porcaria.
A armadura dos Cavaleiros tem Neon! Eles por acaso estão indo para a balada?
Isso é o que dá quando tentam colocar três anos de anime em um filme de 1h30. Roteiro mal desenvolvido e atrapalhado. O filme tinha muito potencial, mas nada foi explorado de maneira coerente. Dificilmente um jovem que nunca tenha assistido ao anime vai conseguir acompanhar o que se passa no filme. Eu que já sabia a história tive algumas dificuldades. Muitos pontos em aberto que apenas quem já conhece os personagens entenderão as entrelinhas. Isso com certeza vai afastar audiências mais novas que tratarão uma bela saga apenas como mais uma animação medíocre. 

O filme possui alguns pontos positivos. As cenas de luta são muito bem feitas e o CGI é de primeiríssima qualidade. A trilha sonora é boa, mas a do anime é incrivelmente mais memorável. Creio que esses elementos não compensam pelos pontos negativos. 

Está bonito, mas o roteiro é tão ruim que eu nem ligo.
O filme falhou em atrair um público novo e frustou os fãs mais antigos (Com exceção dos fanboys. Esses aí não tem jeito mesmo). Qualquer pessoa com o mínimo de senso crítico consegue encontrar diversos defeitos no filme. O filme como um todo é ruim e quando comparado com o anime fica ainda pior! 

Não recomendo "Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário". Vale muito mais a pena assistir um dos animes antigos novamente.

NOTA: 4.5

Guardiões da Galáxia (2014)


Olá, meus caros.

Diferente. Essa é a única palavra que define consideravelmente bem "Guardiões da Galáxia". O filme possui uma concepção bastante estranha, que envereda por um caminho nunca antes explorado. O que eu quero dizer com isso? Realmente não sei ao certo. O filme é diferente de qualquer coisa que eu já tenha assistido, ainda mais um filme de super-herói. Portanto, fica bem difícil de fazer uma comparação para explicar melhor.

O filme gira em torno de um grupo de criminosos desfuncionais, mas de bons corações que acabam se envolvendo em uma trama para impedir Ronan, o Usurpador de destruir o planeta Xandar e conquistar a galáxia.

Sério? Um enredo desses? Vilão que deseja vingar seus antepassados. Mocinhos devem matar vilão. Já estamos até enjoados disso.


Bom, em sua totalidade o filme não é ruim, como muitos críticos disseram. Clichês foram os alvos centrais do ódio deles. Os clichês realmente existem, contudo, eles não foram exagerados, foram controlados e feitos da melhor maneira possível. Hollywood está na zona de conforto a anos, creio que eles ainda não querem arriscar em certas aspectos. Já fiquei surpreso pelo filme ser bastante diferente.

Poxa, eu sei que deve estar um pouco difícil para entender no que consiste essa diferença. No fundo, só assistindo ao filme mesmo. 

Coisas como piadas totalmente fora de lugar, que ainda por cima são bem toscas e demoram para ter o mínimo de graça. Quando você percebe que a piada não teve muita graça, já está na próxima cena, portanto não dá para ficar muito bravo na hora. Os heróis não são atrapalhados, eles se fingem de atrapalhados para chegar a um certo objetivo. As piadas às vezes quebram com a tensão construída no decorrer da cena. Algumas cenas que se utilizam desses elementos são boas, outras nem tanto. A personalidade dos cinco guardiões são boas, mas creio que não foram trabalhadas de maneira coerente para que fosse aproveitado todo o potencial. Podia ser muito melhor.


O roteiro também é fraco. Nada de especial, só o velho café-com-leite. Está na hora desses roteiristas que ganham milhões para escrever filmes, começarem a ler mais para escrever algo verdadeiramente bom. Não sei por quanto tempo os cinéfilos ou qualquer pessoa que se importe o mínimo com cinema vai aguentar. Nesse critério o cinema europeu é exponencialmente melhor.

Bom, agora a parte boa do filme. Os efeitos-especiais são ESPETACULARES! Conseguem salvar em grande parte os elementos ruins do filme. Nunca vi um universo tão bem retratado. Simplesmente demais. A trilha-sonora também é excepcional. 

É basicamente isso... Um filme que arriscou em certas coisas, e ficou estático em outras. Na geral, é um filme divertido. Espero que a sequência tenha uma história um pouco mais atrativa. Esse Beabá de hollywood já enjoou faz tempo.

NOTA: 8.5

De Volta ao Jogo (2014)



Olá, meus caros.

Fiquei verdadeiramente surpreso ao assistir "De Volta ao Jogo", um dos melhores filmes de ação dos últimos tempos em minha opinião. Fiquei ainda mais surpreso em ler inúmeras críticas negativas a respeito dele. Realmente tem muita gente que não sabe o que escreve. Eu duvido que todos que deram uma crítica negativa já tenham assistido "A Geladeira Diabólica" ou "Glen ou Glenda" para realmente saber o que é um filme ruim! Sério, li uma crítica em que deram nota 0 para "De Volta ao Jogo" (!!!). Detalhe, a pessoa não escrevia nem com letra maiúscula no início da frase... Será que eu preciso levar a sério esses tipos de comentários? É claro que não. O problema é que às vezes alguém pode ler e acreditar. Não obstante, é esse tipo de crítica, feita por moleques pé-rapados, que denigrem a imagem de um filme consideravelmente bom. Ultimamente ando tendo a sensação que todo mundo deseja que só haja obras-primas no cinema. Isso sim seria algo impossível. Filmes medianos são a maioria, basta escolhermos com cautela para não esbarrar em lixo tóxico, e aproveitarmos o máximo possível, sempre com mente-aberta.

A grande questão para aproveitar "De Volta ao Jogo" é estar preparado para aquilo que você está indo assistir. O filme não possui uma história muita desenvolvida. Apenas um pretexto para descer o cacete nos vilões. Bom, vamos lá:

Nova Iorque. A esposa de John Wick padeceu por alguma doença. John recebe um presente de despedida dela: uma cachorrinha. Gangsteres da máfia russa invadem sua casa, roubam seu carro e matam a cachorrinha.

Aí o bicho pega...

John Wick é na realidade um assassino aposentado. Não só um assassino, mas o "Fucking Awesome Badass of All Time" dos assassinos. O idiota do ladrão era o filho do líder da máfia russa. 

Bom, já sabe... Vingancinha básica. John sai matando todo mundo!

Tiro pra cima, pra baixo, esse lado, aquele lado, na cabeça, na cabeça, na cabeça e mais na cabeça! Esse John Wick ama Headshot! Nunca vi tanto tiro na cabeça em um filme. 

Ainda assim, temos algumas cenas cômicas, por exemplo: todo mafioso antes de morrer fala, "Era só um cachorro!" Boom! John Wick atira. Adivinha onde? 


Willen DaFoe faz uma pontinha como um assassino. É muito gratificante vê-lo atuando. Qualquer coisa que ele faz é legal! 


Uma outra coisa interessante sobre esse filme é o sub-mundo dos assassinos contratados (Hit-man). Inventaram um mini-universo bem original para distinguir "De Volta ao Jogo" de outros filmes de ação. Por exemplo, os hit-man frequentam um certo hotel. Com bar, médico e tudo mais. O hotel funciona como um território neutro para os assassinos descansarem entre as missões (Ou só tomar uma birita mesmo). Também temos a "Equipe de Limpeza". Basta ligar e um carinha bem simpático vem limpar toda a bagunça. Entenda bagunça como uma pilha de corpos de mafiosos. Os hit-man não usam dinheiro convencional, e sim moedas de ouro para pagar essas coisinhas (O Leprechaun deve estar em algum lugar p. da vida).

Como já deu para perceber Keanu Reeves interpreta John Wick. Ele realmente deveria ter mais espaço em Hollywood e ser mais reconhecido por seus filmes. Ele é um ótimo ator, em especial para filmes de ação. Ele domina o filme inteiro, tudo transcorrendo sob a mira de sua arma. Keanu Revees deve sofrer de depressão na vida real. O semblante dele é muito triste. Nesse filme isso até  que veio a calhar, mas ele podia se animar um pouquinho mais. Alguém já o viu  rindo? Sei lá... Bom, no geral foi uma ótima atuação.

Não há mais nenhum personagem digno de se mencionar. Como eu disse, a história é um pretexto para sair dando tiro. O filme não é tão exagerado como "Mandando Bala", mas possui alguns momentos bastante originais. As cenas de tiroteio são brilhantemente orquestradas. Esse é o apogeu do filme, e na minha opinião é o suficiente para entreter. No fundo, no fundo, essa é a função primordial do cinema: Entreter. Todo o resto é bônus.

Quem gosta de ação deve assistir "De Volta ao Jogo". Um dos melhores filmes de 2014. 

NOTA: 8

Autómata (2014)

Olá, meus caros.

Quem acompanha o blog sabe que eu possuo especial apreço por tramas pós-apocalípticos. É claro que eu não poderia ficar sem assistir a essa produção européia. Realizado em colaboração entre Espanha e Bulgária, o filme conta com uma belíssima atuação de Antonio Banderas.

Uma repaginação da robótica no futuro, o filme é uma mescla de "Blade Runner" e "Eu, Robô" com lampejos de identidade própria. A história: Existem dois protocolos básicos na criação de um robô: 1. Um robô não pode machucar um humano; 2. Um robô não pode se auto-reparar. Quando as leis aparentemente começam a serem quebradas, um agente de seguros, que trabalha para a empresa construtora dos robôs, precisa descobrir quem é o suposto engenheiro que realiza as modificações. 


O filme é muito mais do que um sci-fi investigativo. Possui profundidade filosófica, nos fazendo pensar nas consequências da existência de uma Inteligência Artificial de uma maneira pouco abordada. 

O visual consegue retratar a atmosfera sombria que permeia nosso futuro. O filme possui uma cadência bem lenta, por isso não espere ação atrás de ação. O foco fica por conta da jornada filosófica-emocional que o protagonista percorre. Jacq Vaucan (Antonio Banderas) vai além de suas limitações humanas para desvendar esse mistério, e conseguimos sentir o suas angústias e frustações. Um papel pesado, desempenhado com primor por Banderas.

A cinematografia é excelente, louros para o diretor. Contudo, a trilha-sonora é ausente. No geral, recomendo "Autómata" para audiências mais sérias.

NOTA: 7.5

Maze Runner - Correr ou Morrer (2014)


Olá, meus caros.

Ontem assisti a "Maze Runner". O que posso dizer sobre ele? Bom, fiquei surpreso por ter gostado. Minha própria namorada falou que tinha algo de errado comigo. Talvez tenha... kkk.

O filme é repleto de clichês, possui partes ilógicas e a estrutura geral deixa a desejar. Todavia, as cenas de ação, a ótima filmagem e as boas atuações (Apesar de todos os atores serem adolescentes) conseguem compensar por isso. 

A história é simples: Mundo pós-apocalíptico. Um grupo de adolescentes está preso em uma área localizada no meio de um labirinto. Todas as manhãs as portas do labirinto se abrem, e alguns dos jovens conhecidos como "Corredores" tentam mapear o labirinto e achar uma saída. Todo mês um novo jovem é enviado para o labirinto. Tudo muda quando um novato começa a tomar decisões mais corajosas. 

O filme é uma adaptação do primeiro livro da série best-seller de James Dashner. Parece que Hollywood só sabe adaptar livros para o cinema hoje em dia. O Academy Award de melhor roteiro original, não vai ser muito concorrido nos anos que estão por vir. Bom, se o negócio for bem feito eu nem ligo muito. O que no fundo eu desejo é ser entretido. E Maze Runner me proporcionou isso.

É um filme infanto-juvenil. Com todos os dramas inerentes a essa idade. Não queira nada além disso. Li críticas desfavoráveis de pessoas com mais idade. Não adianta ter 50 anos de idade, assistir esse filme e achar uma porcaria! O filme não foi feito para essa faixa etária, contudo, se você abrir um pouco a mente tenho certeza que serão 2 horinhas bem aproveitadas. Gostei bastante de como as relações dos jovens foi abordada. Não há heroísmo exagerado, como é comum hoje em dia. Há heroísmo necessário. Por exemplo: o mocinho não sai matando todos os monstros. Ele pede ajuda dos outros para sair matando todos os monstros. 

((Spoiler Alert))

Só tem um problema, bem grave diga-se de passagem... O filme não responde nada! Praticamente nenhuma questão. Quem está por trás de tudo? É um desafio? O apocalipse realmente é real? De onde os jovens vieram? Nada! Simplesmente nada! O filme não fecha nenhuma questão! Isso é bastante frustante. Ficar duas horas assistindo um filme e não descobrir nada... Deixo a dica, aproveitam bem as cenas de ação. 

O suspense continua para os próximos filmes. O segundo filme da série, intitulado "Maze Runner: Scorch Trials", possui previsão de lançamento para setembro de 2015. Não é por nada, mas eu irei assistir.

NOTA: 7

Clássicos do Futuro

Olá, meus caros.

Apesar da incomensurável quantidade de lixo cósmico lançado nos cinemas nos últimos anos, ainda existe um bocado de filmes excepcionais por aí, que por sua vez, tornar-se-ão clássicos nos anos que estão por vir. Para esta lista selecionei obras apenas dos anos 2000's.

Creio que a lista ficaria incrivelmente mais extensa caso eu abrisse as portas da década de 90, uma vez que, o cinema dessa nem tão distante época era exponencialmente melhor que o atual. Não obstante, certos filmes da década de 90 já adentraram na categoria de clássicos, seja pelo tempo ou pela qualidade. Exemplos dessa última categoria são: "Clube da Luta", "Pulp Fiction" e "Feitiço do Tempo". 

Certos filmes do século XXI também já são considerados clássicos. Seu sucesso foi tão colossal que seria virtualmente impossível de não serem considerados como tal. Exemplos destes são: "Amelie", "A Vida dos Outros", "O Tigre e o Dragão"e inumeráveis outros. Contudo, sinto que a grande maioria das obras-primas do novo milênio ainda não tiveram o reconhecimento devido. E serão estes que irei me focar nesta lista, filmes de qualidade excepcional que preenchem os requisitos de clássicos artísticos e que por infortúnio não são mais mencionados. Dificilmente os vejo em listas (Polls) especializadas. Eles fizeram relativo sucesso em seus respectivos lançamentos e aparentemente desapareceram. Reconheço que ainda são muito novos para tal, todavia, a sociedade está cheia de filmes recentes e porcarias que todo mundo não para de falar (Me recuso a mencionar o nome destes!). Um verdadeiro ultraje para os cineastas que se empenharam em nos agraciar com algo verdadeiramente produtivo. A maioria dos filmes desta lista sequer passa na televisão a cabo. Os canais televisivos insistem em ficar repetindo sempre as mesmas porcarias, sempre com comerciais cada vez maiores!

É notável a falta de apreciação pela 7ª Arte da geração atual. Infelizmente a massa populacional entrou em uma atmosfera de alienação, se focando apenas em impulsos imediatistas, fator esse que se reflete até no cinema. As pessoas não querem mais aprender com os filmes, aprecia-los ou senti-los de maneira coerente. Apenas querem assistir a primeira idiotice que aparecer no cartaz do cinema local. Isto está certo? É claro que não!! Tudo foi minuciosamente arquitetado pelos grandes conglomerados de empresas internacionais, sejam as de mídias, de tecnologia ou até alimentícia. Tudo foi feito para manter a massa alienada e sempre consumindo. O por quê? Uma pessoa alienada gasta dinheiro. E muito! É justamente isso que as empresas querem. Nesse tempestuoso caminho o senso crítico acaba se perdendo, seja para o cinema, música ou qualquer outra coisa.

Filmes que deveriam ser lembrados sequer são assistidos atualmente. Um dos critérios que usei para selecionar os filmes dessa lista foi a capacidade que todos tiveram em consubstanciar belas histórias com uma ótima cadência narrativa, ou seja, nada de filmes muito "parados" por aqui. Existem sim, muitos outros "clássicos do futuro", principalmente no cinema europeu e asiático, contudo, certas audiências talvez tenham dificuldade para absorver uma obra "psedo-macabra" koreana. Me foquei em filmes que podem ser aproveitados por todas as audiências desde seu primeiro contato, sem uma prévia preparação contextual do estilo cinematográfico de cada país. Não obstante, lembro que outro critério para a escolha dos filmes foi o fato da maioria deles estarem sendo "esquecidos". Também me restringi a um filme por diretor, pois, eu poderia muito bem fazer uma lista só com os filmes do Martin Scorsese ou de Darren Aronofsky. Esta postagem será minha tentativa de enobrecer a áurea por trás destes filmes, que sem dúvidas serão fontes pétreas de inspiração no futuro.

Boa leitura!

10. Coração Louco (EUA, 2009)


"Coração Louco" inicialmente seria lançado direto para DVD. Ainda bem que os produtores mudaram de ideia. Sem dúvidas a melhor atuação de Jeff Brigdes, que merecidamente arrecadou o Academy Awards de melhor ator. "Crazy Heart" conta a história de um cantor country que entrou em decadência, em parte graças ao alcoolismo, e que gradativamente tenta recuperar seu status. Brigdes incorporou em sua essência as dificuldades inerentes para aqueles que tentam superar um vício. Seu desempenho foi vivaz e penetrante. Como diria Roger Ebert "Two Thumbs Up!"

9. Os Homens que não Amavam as Mulheres (Suécia, 2009)


Filme baseado na obra do escritor sueco Steig Larssons. Tanto a versão sueca como o remake americano (Daniel Graig e Rooney O'Mara sob a direção de David Fincher) são excelentes. A cinematografia depressiva se destaca na medida certa, assim como o ótimo roteiro que juntos caracterizam um thriller investigativo genuíno.

8. Onde os Fracos Não Tem Vez (EUA, 2007)


Um faroeste moderno dirigido pelos mestres Ethan & Joel Cohen, que, assim como em "Fargo" abordam a postura do homem quando apresentado ao acaso. Até onde iriamos para realizar algo? "Onde os Fracos não tem vez" recebeu Oscar de Melhor Filme e Melhor Ator (Javier Bardem). Também temos Josh Brolin e o eterno  Tommy Lee Jones nessa pérola do cinema. Um filme tenso do começo ao fim, com ótima trilha-sonora, elaborado roteiro e atuações de tirar o chapéu (No meu caso gorro-do-Kiko).

7. Extermínio (Inglaterra, 2002)


O único filme de terror da lista. O retrato mais real de um apocalipse zumbi já realizado. "Extermínio" foi dirigido por Danny Boyle, que apesar de recentemente não ter produzido nada excepcional, também é o diretor da obra-prima "Trainspotting". Cilian Murphy é o protagonista da trama. Seu personagem acorda do coma só para descobrir que a Inglaterra havia sido contaminada com um vírus que transformava as pessoas em criaturas sedentas por sangue. Com isso, nosso infeliz personagem reuni formas com outros sobreviventes para fugir da zona contaminada. Certas cenas em Londres foram filmadas as 4h da manhã do domingo, para que não houvesse interferência de transeuntes. Essas tomadas são simplesmente maravilhosas, pois, de fato, nos transferem essa sensação de isolamento e catástrofe. Fiquei tentado em colocar "Abismo do Medo" ou "A Casa dos 1000 Corpos" nesta colocação, mas creio ter tomado a decisão correta. "Extermínio" é um filme de qualidade ímpar e deve ser lembrado como tal.

6. Micmacs - Um Plano Complicado (França, 2009)


Jean-Pierre Jeunet ficou mundialmente conhecido por ter dirigido "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain", contudo sua obra é muito mais vasta. Em 2009 Jeunet conseguiu fazer algo virtualmente impossível: uma comédia steam-punk! Este estilo já é absurdamente difícil de ser realizado, imagina quando mesclado com humor de qualidade. Jeunet, assim como alguns outros diretores franceses, são os únicos que conseguem idealizar filmes steam-punk com qualidade considerável. "Micmacs" (Assim como Amelie) é uma fábula moderna, contando a jornada de Bazil, um desafortunado homem que possui como objetivo desmantelar duas indústrias bélicas, estas, por sua vez, foram as responsáveis pela morte de seu pai. Como em todo filme de Jeunet, Dominique Pinon faz uma ponta, neste caso como um homem-bala (Hilário!). O visual do filme é singular, ajudando a compor a cadência narrativa. O visual auxilia a contar a história nos introduzindo na atmosfera das cenas. Por infortúnio, nunca conheci ninguém que já tenha assistido a este belo filme, que por sua vez, assim com toda obra de Jeunet, se tornará um clássico da comédia inteligente.

5. Gangues de Nova Iorque (EUA, 2002)




Pense no maior diretor vivo? Creio que há grandes chances de sua resposta ser Martin Scorsese. Há mais de 50 anos esse brilhante cineasta vem influenciando o mundo com suas obras. Muitos de seus filmes estão entre os melhores da história do cinema! Seus filmes já arrecadaram 20 Academy Awards juntos! Não obstante, Scorsese continua a dirigir filmes, sempre nos impressionando com toques de originalidade. Todavia, uma de suas obras de 2002 infelizmente entrou em relativo esquecimento. Eu particularmente considero "Gangues de Nova Iorque" um de seus melhores filmes. Foi um filme excepcional, com belas atuações de DiCaprio e Lewis, ótimo figurino e uma memorável trilha-sonora celta. Só não gostei da atuação de Cameron Diaz... Acho que ela pensou que era um filme de comédia, pois sua atuação é ridiculamente cômica. O filme tem belas cenas de ação (Entenda-se lutas com cutelos gigantescos), filmadas de maneira enérgica, cortes rápidos e diálogos curtos tornam o filme bastante dinâmico, sem perder alguns toques de teor dramático.

4. O Operário (EUA, 2004)


É notável a dedicação de Christian Bale para "O Operário", com certeza uma das maiores transformações do cinema. Para emagrecer para o papel Bale consumia apenas uma maçã e uma lata de sardinha por dia! A história é bem simples: um  trabalhador industrial está há um ano sem dormir. O motivo? Fica a seu encargo descobrir, mas lhe garanto que será um belo quebra-cabeça. A atmosfera do filme é bastante pesada, contando com uma ou outra cena indigesta para algumas pessoas. Entretanto, quando tudo foi dito e feito, vale muito a pena assistir.

3. O Clã das Adagas Voadoras (China, 2004)


Apesar de existirem uma infinidade de filmes wuxia, selecionei "O Clã das Adagas Voadoras" por um simples motivo... Ele é o que possui a cinematografia mais bonita que já vi em filmes desse gênero. O filme se assemelha a um quadro em movimento. Cores vivas e fortes que de fato nos imerge na beleza das cenas. Sem mencionar as insanas coreografias e a belíssima trilha-sonora. Um épico da beleza! O diretor Zhang Yimou também dirigiu o igualmente belo "Herói" de 2002.

2. O Lutador (EUA, 2008)


"O Lutador" é indiscutivelmente um dos melhores filmes que já assisti (Sou fã de boxe e luta-livre). Muitos sequer ouviram falar desse filme, que fez um tremendo sucesso quando foi lançado. Renovou a carreira de Mickey Rourke, que deveria ter ganho o Oscar de melhor ator (Sean Penn ganhou por "Milk", uma ótima atuação, mas a de Rourke foi melhor). A história retrata um envelhecido lutador profissional que tenta voltar ao auge, mesmo tendo problemas de saúde. No caminho ele tenta se reconciliar com sua filha e adentrar em um relacionamento com uma stripper local (Interpretada por Marisa Tomei). Um retrato frio das ambições e frustrações humanas. Possui cenas de luta bastante realistas, trilha sonora da banda oitentista Ratt e um roteiro com muito profundidade. Darren Aronofsky é um dos melhores diretores da atualidade, e espero que ele ainda possa nos agraciar com diversos filmes de qualidade semelhante a "O Lutador".

1. Sangue Negro (EUA, 2008)


Fiquei simplesmente estarrecido ao ver a atuação de Daniel Day-Lewis neste filme, que por sua vez, lhe rendeu seu segundo Oscar. Ele é verdadeiramente o maior ator da atualidade. Sua preparação para os filmes é insana, ele não sai do personagem mesmo com as câmeras desligadas! Bom, tudo isso se replete na qualidade do filme. "Sangue Negro" foi dirigido por Paul Thomas Anderson, que a 20 anos vem contribuindo de maneira virtualmente inigualável para 7ª Arte. Seus filmes possuem profundidade estética única, sempre apresentando um lapidado universo de personagens. Isso é um elemento chave em suas narrativas... A psicologia de seus personagens, suas relações e seu próprio desenvolvimento. Em "Sangue Negro" somos apresentados ao mais frio retrato da ambição humana já descrito no cinema. Até onde o dinheiro pode nos transformar? E a troco do quê? Os filmes de Anderson são contextualizados com eventos reais, neste caso, a corrida pelo petróleo do Oeste estadunidense. A fotografia é belíssima, souberam aproveitar muito bem as cores e as luzes para acompanhar a própria decadência psicológica de Plainview (Lewis), sendo utilizados tons mais fortes e escuros para os momentos mais propícios a insanidade do protagonista. Tudo foi arquitetado com maestria, caracterizando uma verdadeira obra-prima e o maior "clássico do futuro"!