Sniper Americano (2014)


Olá, meus caros.

Realmente leiam essa análise antes de assistir a este filme! Vou estar salvando o tempo de vocês.

Dirigido por Clint Eastwood, "American Sniper" me decepcionou muito. Mais um filminho onde os EUA são os heróis e podem fazer o que quiser para "salvar" o mundo da tirania terrorista. Uma verdadeira propaganda do "heroísmo" americano! Um cachorro lambendo a própria caceta. Essa é a única frase que me vem a mente para descrever esse filme. 

Sabe, eu concordo com a intervenção militar dos EUA no Oriente Médio, mas não da maneira que foi feita. Sabe que tipo de valores os iraquianos ou afegãos se importam? Legalizar o casamento de meninas de 14 anos, fazer as mulheres se vestirem da maneira que os homens desejam, intolerância a outras religiões que não o islamismo, oprimir as minorias étnicas, doutrinação prematura de jovens ao movimento extremista jihad... Dentre muitos outros belíssimos "valores".

O pretexto para a invasão americana no Iraque/Afeganistão se deu sob as seguintes circunstâncias:

- Guerra do Iraque (2003-2011) - Acusação de que o país possuía armamentos nucleares; Extinguir o governo de Saddan Hussein; Pacificar a região.

- Guerra do Afeganistão (2001-2014) - Retirar o grupo extremista Talibã do poder; Desestruturar a organização terrorista Al-Quaeda. (Bônus: Vingancinha pelo 11 de setembro)

Bom, em relação a existência de armamentos nucleares no Iraque, todo mundo já sabe que isso foi uma grandiosa mentira. Além do mais, o exército estadunidense (Odeio chamar de americano! Todo mundo que nasce na América é americano, não só eles. A América não é um país!) poderia muito bem ter encerrado a guerra em uma semana. Nunca seriam necessários dez anos para encontrar uma bombinha nuclear. Qual o sentido de fazer os soldados entrarem de casa em casa procurando por um líder terrorista específico? Olha o tempo perdido! E mesmo que encontrem o sujeito, vocês acham que no mesmo dia não colocarão algum outro maluco no lugar?

Depois do 11 de setembro, os EUA tinham a aprovação da população para ingressar na guerra. Invadiram o Afeganistão em 2001 e o Iraque em 2003. Nada melhor para a economia deles, já que a indústria bélica americana é uma das mais rentáveis do mundo. Guerra da dinheiro! E muito! Isso é fato. Por tal motivo, a guerra/invasão demorou 10 anos. Foram 10 anos de lucro e influência na região. Tiraram Saddam Hussein do poder, colocaram uma marionete que simpatiza com os EUA no lugar, e pronto, o país é deles.



Gradativamente, começou a cair a ficha na mente da população estadunidense. Sabe, morriam centenas de soldados e nada de bomba nuclear ser encontrada. Eles acreditaram no governo, que usou da carga emocional do 11/09 para realizar seus próprios objetivos, e se ferraram. Com o tempo a população parou de apoiar a guerra e exigiu a retirada das tropas do Oriente Médio. Antes de sair completamente do Afeganistão o governo mandou assassinar Osama Bin Laden (Fato esse que poderia ter sido realizado 10 anos antes).

Se feito da maneira correta, não teria sido necessário destruir metade do Oriente Médio para provar alguma coisa. Vai lá, faz a vingancinha básica pelo 11/09 (Não vou nem comentar sobre os débi-lóides que acreditam que foram os EUA que destruíram as Torres Gêmeas. Tem gente que não tem o que fazer), dá uns tapas nos aiatolás pedófilos, assassina o Bin Laden e pronto.

O filme "Enterrado Vivo" (Para ler a análise completa clique aqui) levantou uma questão importante sobre a invasão no Oriente. Paul, um motorista de caminhão trabalhando para uma empreiteira americana no Iraque é sequestrado e enterrado vivo. Os sequestradores só irão soltá-lo mediante o pagamento de um resgate. Paul tem pouco tempo para entrar em contato com as autoridades e convencer o governo americano a pagar o resgate, pois, se ele não realizasse isso em 6 horas, os terroristas o deixariam enterrado até sua morte. Paul se comunica por um celular. Uma das conversas com os terroristas me chamaram a atenção.

Paul: Por que você fez isso comigo? Eu não sou um soldado! Não tenho nada a ver com essa guerra em seu país!
"Terrorista": Eu também não tinha nada a ver com Bin Laden ou com Saddan Hussen, mas isso não impediu vocês de virem até meu país e destruí-lo...
Paul: Eu não sou um soldado!
"Terrorista": Você é americano?
Paul: Sim!
"Terrorista": Então você é um soldado...
Paul: Eu tenho dois filhos!
"Terrorista": Eu tinha cinco! Agora só tenho um!

O que você faria em um país destruído? Um país em que todas as pessoas que algum dia você conheceu, morreram, vítimas das atrocidades da guerra? Como você se sentiria se fosse hostilizado por um povo hostilizado por você mesmo? Ter pontos de vista diferentes realmente podem enobrecer e expandir o domínio sobre dado assunto. Uma crítica construtiva sobre a brutalidade de ambas as partes. No fundo todos somos seres humanos. E quando o ser humano é colocado no limite de sua existência, percebemos o que ele realmente é capaz de fazer para sobreviver.

Se havia algum país no mundo com poder para acabar com a tirania social daquela região, eram os EUA. Todavia, eles acabaram piorando a situação para os árabes. Tudo por dinheiro. Sabia que são empreiteiras estadunidenses as responsáveis pela reconstrução do Iraque? Sabia que aos poucos empresas dos EUA e da China estão tomando conta dos poços de petróleo da região? Será que o governo dos EUA pensou mesmo em patriotismo ou democracia quando invadiu o Oriente?


Na minha opinião, dinheiro trás felicidade sim. Mas muito dinheiro deixa o ser humano cego, cobiçoso e imprudente. É melhor ter um pouco menos e se apegar a coisas mais importantes para a vida: Família e amigos.

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Bom, vamos falar dessa porcaria de filme agora. Eu deveria chamar de propaganda, sabe?

A história é baseada na biografia de Chris Kyle (Bradley Cooper), o sniper mais letal da história dos EUA. Kyle mandou para o além 160 terroristas/rebeldes/insurgentes na Guerra do Iraque e se tornou uma lenda viva.


Depois que pediu baixa, Kyle ficou meio doido. Ele queria voltar para a guerra e ajudar seu país, mas não tinha mais jeito. Para aliviar um pouco a pressão, Kyle se voluntariou em um hospital de veteranos para ajudar a cuidar dos soldados feridos na guerra. Um desses pacientes estava mais perturbado que o normal e acabou matando Kyle.

Poxa, que azar do caramba, hein? O cara fica 4 anos no Iraque, mata 160 rebeldes, volta para casa, vai ajudar seus parceiros no hospital e é morto por um demente! Que grandessíssimo azar.

Kyle foi assassinado em 2013. Foi um evento televisionado para o país todo. Seu funeral foi em um estádio de futebol americano com todas as regalias militares existentes.

Não esperaram nem o corpo esfriar e já fizeram um filme. Já vão usar do apelo emocional mais uma vez. Tudo para fazer dinheiro. Que vergonha Clint!

O filme nem é tão bom! Sério, o trailer é melhor que o filme. Passaram a impressão que a profissão de sniper envolvia difíceis tomadas de decisões. Pelo trailer, o filme parecia ser bastante tenso e dramático. Que nada! A primeira cena é a melhor do filme inteiro. O resto é propaganda. Não dá para sentir simpatia pelo evento. Não dá para se identificar com uma guerra, ainda mais uma que foi feita pelos motivos errados.


Sienna Miller interpreta a esposa de Kyle. Péssima atuação! Aquele tipo de atriz que faz careta e fica balbuciando palavras e pensa que está chorando. Quase tive um ataque!

((Spoiler - Mas esse eu recomendo ler))

Na cena final temos um tiroteio, ou pelo menos é o que parece. É difícil dizer, pois, todos os terroristas começam a vir em fila indiana para serem mortos pelas tropas americanas. Sério, caracterizaram os terroristas como seres descerebrados e os americanos como Robocops. Mais para a frente vem uma tempestade de areia grotesca e impede que vejamos qualquer coisa. Que merda é essa? Na cena final eles colocam uma tempestade de areia que impede que o expectador veja a batalha?? Que bosta...

Bradley Cooper até que atuou bem como Kyle. Nada a reclamar.

O roteiro é um lixo e a trilha-sonora é ausente. Esse filme não chega nem perto de seus antecessores: "Falcão Negro em Perigo" e "Guerra ao Terror" (Ambos também caem naquele problema da guerra não fazer sentido, contudo, o filme soube trabalhar de maneira diferente as ações dos personagens. Humanos servindo o seu país e não heróis matando bandidos. No geral, são filmes excelentes).

Apesar do nome "Sniper Americano", temos pouquíssimas cenas onde Kyle usa a sniper. Uma no começo, uma no meio e uma no fim. Só! Apenas 10 minutos em um filme de 2 horas. Propaganda enganosa. Faz mais sentido chamar o filme de "Soldado Americano", pois ele usa mais a M16 do que a sniper. Focaram muito na relação de Kyle com a sua família e seus companheiros.


O filme é completamente linear, sem um trecho sequer de "penumbra especulativa". Não dão lugar para a interpretação do expectador sobre as ações dos personagens. Somos apresentados a uma visão minimalista da guerra, onde tudo é simples quando se trata de servir seu país. A guerra foi glorificada de um ponto de vista extremamente vantajoso.

É triste ver o quão baixo o cinema hollywoodiano parou. E é mais triste ainda saber que pessoas acreditam nesse lixo (A maioria dos americanos acredita).

Houve um tempo quando os filmes de guerra de Hollywood levantavam importantes questões sobre a necessidade da guerra. Filmes como "Platton", "Nascido para Matar" e "Apocalypse Now", nos passam a mensagem de que todas as guerras, justificadas ou não, são erradas e não passa de um ato do atraso humano. Um ato da cobiça e das segundas intenções.

Hoje em dia os filmes de guerra são apenas comerciais para levar o público americano a crer na ideia de que invadir um país estrangeiro é uma permissão dada por Deus. O fato desse filme ter sido nomeado para o Oscar de Melhor Filme (E ter ganho melhor edição) só demonstra que um prêmio que algum dia significou algo, não passa de um divulgador de propagandas.

"Sniper Americano" pode ser assistido para levantar raciocínios políticos, mas para entretenimento, acredite, existem filmes de guerra muito melhores e mais sinceros por aí.

NOTA: 3

Drácula: A História Nunca Contada (2014)


Olá, meus caros.

Esqueça a história literária de Drácula. Esqueça até mesmo qualquer outro filme sobre esse personagem. Não tente comparar. Esse filme é uma nova aproximação ao conto de Drácula. 

O escritor irlandês Bram Stoker publicou "Drácula", sua mais famosa obra, em 1897. Stoker se inspirou nas lendas de criaturas noturnas da Transilvânia, assim como na personalidade histórica de Vlad Tepes, conhecido como Vlad, o Empalador, Príncipe de Wallachia (Região da atual Romênia). A casa real a qual Vlad pertencia era denominada Casa do Dragão, ou em romeno arcaico Draculea. Já deu para entender, né?

O sufixo "drac" que antigamente significava "dragão", hoje possui outra conotação, significando "diabo". No romeno atual, "balaur", é o correspondente para "dragão". Tal tradução equivocada levou a crer que Vlad era um diabólico tirano. Bom, para dizer a verdade talvez ele seja, como veremos a seguir.

Vlad não era um cara bonzinho, isso é historicamente comprovado. Durante seus 6 anos de reinado é estimado que Vlad tenha matado entre 40.000 e 100.000 civis inocentes, na maioria das vezes por empalamento. Entretanto, Vlad foi o único que conseguiu conter as invasões turco-otomanas de maneira consistente, garantindo grande estabilidade política na Wallachia por vindouros anos. 

Stoker só se inspirou em Vlad para criar o vampiro Conde Drácula. Nesse filme Vlad é o próprio vampiro. Não se trata da versão literária e sim de uma repaginação do mito. No filme Vlad precisou se tornar um vampiro para salvar sua família e seu país. Salvar de quem? O exército invasor turco, liberado pelo sultão Mehmed II (Essa invasão realmente existiu, mas não da maneira descrita no filme).

Se você se importa com precisão histórica é melhor não assistir esse filme. Tanto o livro de Stoker quanto os fatos históricos foram quase que completamente alterados. Os roteiristas misturaram a realidade com a ficção. Como entretenimento o filme é ótimo, mas como aula de história lhe garanto que você irá ser reprovado na prova. Essa realmente é uma história nunca contada.

Eu adoro o Drácula. O verdadeiro! Não essas porcarias de "Crepúsculo & Cia." Gostei da abordagem que deram para o personagem nesse filme. Mostraram um lado mais humano de Drácula, assim como levantaram questões importantes. O que você faria para defender a sua família? Princípios ruins que levam a consequências boas é uma medida viável? O filme trabalhou muito bem com esses preceitos.

No começo do filme se preocuparam em fundamentar o contexto histórico, citando inclusive a origem do mito dos vampiros. Nessa parte até que eles acertaram. Mais para a frente é que os roteiristas chutam o pau da barraca (kkk).

Realmente adorei a escolha de Luke Evans para interpretar Drácula. Sua fisionomia facial me lembrou muito do eterno Bela Lugosi, o melhor de todos os Dráculas.

A cinematografia é ótima, assim como os efeitos-especiais. As armaduras são iradas! A trilha-sonora é excelente e possui muita presença. Esse é indiscutivelmente o Drácula mais forte já imaginado. O cara pega um exército inteiro no muque!

O único problema do filme se deu a partir da segunda metade. A história perde consistência e fica hollywoodiana demais. Mas ainda assim é razoavelmente interessante.

No geral, "Drácula - A História Nunca Contada" é um filme extremamente divertido e merece ser assistido.

NOTA: 7.5

WyrmWood - Road of the Dead (2014)

Olá, meus caros.

Fiquei realmente surpreso quando terminei de assistir "Wyrmwood - Road of the Dead", uma trama pós-apocalíptica de zumbis. Sábado a noite, eu só queria me distrair um pouco. Os screenshots do filme me chamaram muito a atenção, e desse modo, resolvi dar uma chance.

É um filme independente australiano, o primeiro do diretor Kiah Roache-Turner. Eu geralmente só menciono diretores desconhecidos quando eles fazem um bom trabalho. E esse foi o caso.

O slogan do filme é "Mad Max encontra Madrugada dos Mortos". E de fato isso aconteceu. Além do filme acrescentar alguns toques originais, nunca antes explorados em um filme dos nossos tão amados mortos-vivos.

História: Um talentoso mecânico uni forças com outros sobreviventes para resgatar sua irmã, que por sua vez, está sendo mantida prisioneira para experimentos macabros.

Simples e objetivo. Poxa, dá um desconto! É um filme independente, sinônimo de orçamento menor que o cérebro do Eike Batista.

O enredo é fraco e ainda por cima mal explicado. Não é dito de que maneira o apocalipse começou. Somos apresentados apenas a uma hipótese: não foram bombas, ou algum tipo de vírus que transformou grande parte da raça humana em zumbis, na verdade o que está ocorrendo é o Arrebatamento do Juízo Final. Sim, aquele descrito na Bíblia. O filme explica até esse ponto. Muitos que não entendem da religião cristã podem ficar perdidos. Não que importe muito, pois, ser religioso não é o foco do filme. Mas para sanar qualquer dúvida irei terminar de explicar.

Teoricamente, as pessoas que não se transformaram em zumbis são aquelas que não ouviram o evangelho e não tiveram a oportunidade de crer na salvação divina. De tal modo, elas continuarão na Terra até se converterem para então serem salvas no Segundo Arrebatamento. 

O próprio nome do filme é uma referência a um evento bíblico. Wormwood (Com "o" e não "y") é uma estrela cadente que cai na Terra poluindo as águas. Um terço das pessoas que não foram arrebatadas na primeira leva, padeceram de doenças relacionadas a intoxicação pela água. Tal estrela aparece depois que o Terceiro Anjo do Apocalipse soa sua trombeta. 

Bom, mesmo que você não acredite em Deus ou no Juízo Final, tente por alguns momentos imaginar como seria o tenebroso fim do mundo... Sem zumbis, sem vampiros. Apenas o ser humano exposto a condições extremas. Sinceramente, esse é o monstro que nós mais deveríamos temer.

((Spoiler - Só leia depois de ver o filme!))

Entretanto, algo não faz sentido. Os humanos que permaneceram na Terra são todos do tipo de sangue A negativo. Aparentemente, existe uma toxina no ar que transforma em zumbi todos que não correspondem a esse tipo de sangue. Por que motivo, somente pessoas desse tipo sanguíneo não foram infectadas, intoxicadas ou arrebatadas (Seja lá como vc queira chamar)?? 

Os zumbis exalam combustível pela respiração, certo? É interessante, eu admito. Mas eles poderiam ter explicado isso um pouco melhor. 

O filme não explica nada de maneira coerente. Como eu disse, somos expostos apenas a uma concepção sumária da trama. É frustante chegar ao fim de um filme sem respostas para as questões abertas no mesmo.

A maquiagem dos zumbis filme é absolutamente fantástica. Coloca muita produção pomposa no chinelo. Construíram veículos no estilão de Mad Max que também ficaram espetaculares. Deu para perceber que todos os envolvidos no filme se empenharam ao máximo para fazer algo de qualidade. Com instrumentos de trabalho limitados, característica de uma produção indie, conseguiram criar um universo original e chamativo, que convence na medida do possível.

Adorei as atuações da meia-dúzia de atores. Viscerais e honestas. Com certeza os atores não ganharam nada pelo filme, e se ganharam foi uma mixaria. Os seja, o que nós temos aqui é paixão pelo terror. Pura e simples! Nada melhor.

O filme possui alguns defeitos graves, pelo menos na minha opinião. A cinematografia é por vezes arenosa e opaca demais. Potencial jogado fora, pois, a maquiagem dos zumbis é incrível e deveria ter sido destacada ao máximo. Não obstante, a trilha-sonora é virtualmente ausente, aparecendo em breves momentos. Talvez o dinheiro tenha acabado ou o diretor desejou dar um toque de "suspense". De uma maneira ou de outra, realmente faltaram algumas músicas mais agitadas para dar mais dinâmica ao filme. Um rock'n'roll de qualidade casaria perfeitamente com a cadência das cenas de perseguição.

As referências aos filmes clássicos de terror e ação são infindáveis. Também possui diversas cenas hilárias. O filme funciona como entretenimento e homenagem.

Resumindo, "Wyrmwood - Road of the Dead" foi um filme feito por fãs para os fãs. Não há nada melhor do que sentir que houve comprometimento na realização de um filme. Recomendo, "Wyrmwood" para os adoradores do glorioso terror!

NOTA: 7

Um Estranho no Ninho (1975)

Olá, meus caros.

Recentemente, comentei com minha namorada que gostaria de analisar um filme que fosse, ao mesmo tempo, comicamente sinistro e brilhantemente filmado. Bom, não existem muitos filmes com essas qualificações, tenho certeza que isso é claramente compreensível. Contudo, para a alegria de todos os amantes da 7ª Arte, no ano de 1975 um checo virtualmente desconhecido na América, idealizou uma das maiores obras-primas do cinema. E está obra se enquadra nos meus requisitos.

O diretor em questão é Milos Forman (Que também dirigiu a obra-prima "Amadeus") e o filme que estou mencionando é "One Flew Over the Cuckoo's Nest", traduzido no Brasil para "Um Estranho no Ninho", baseado no livro homônimo de Ken Kesey lançado em 1962.

Foi um dos três filmes a ganhar as principais categorias na premiação do Oscar. O famoso "Big Five" é composto pelas categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Atriz e Melhor Roteiro. Os outros dois que conseguiram realizar essa proeza foram "Aconteceu Naquela Noite" de 1934 e "O Silêncio dos Inocentes" de 1991. Eu não ligo muito para prêmios, mas era bom mencionar.

História: R.P. McMurphy (Jack Nicholson) é um sujeito baderneiro que fora sentenciado a prisão por seus insipientes crimes. Para evitar os trabalhos manuais de uma prisão comum, McMurphy acaba alegando insanidade, com esperanças de ser enviado para uma instituição mental para cumprir o restante de sua pena. O pedido de McMurphy é atendido. Ele ingressa no manicômio passando a acreditar que sua vida será mais fácil daqui para frente. Mal ele sabe que a instituição é controlada pela tirana enfermeira Ratched (Louise Fletcher), que por sua vez, se sente gratificada em reprimir os pacientes de todas as maneiras possíveis. Os enfermeiros do manicômio estão mais preocupados em administrar a loucura do que curá-la. McMurphy não concorda com os sórdidos métodos adotados pela instituição, e sendo um otimista inveterado, ele tenta elevar os ânimos de seus companheiros de todas as maneiras inimagináveis.


Esta obra consegue mesclar a sensibilidade dos injustamente oprimidos e a insanidade repressiva dos tiranos, caracterizando um quadro bastante primoroso das enclaves humanos. Sua beleza se destaca nos extremos. Somos apresentados a cenas cômicas para logo em seguida presenciarmos uma pavorosa realidade da maldade humana.

Jack Nicholson está em sua melhor forma. O papel é simplesmente perfeito para ele. Seu rosto de louco ajudou bastante, mas seu apelo dramático é ainda mais memorável.

Louise Fletcher interpreta um dos mais nefastos antagonistas do cinema. O horror de sua personagem reside no fato de pessoas como ela realmente existirem. Seu metodismo beira a maledicência. Sua frieza e imparcialidade tornam sua própria existência algo indigesto.

Todas as atuações convencem. Interpretar um doente mental não é tarefa fácil para qualquer ator, por tal motivo todo o elenco merece ser destacado.

Diversos atores que viriam a se tornar famosos participaram do filme como os outros pacientes do manicômio. Dentre eles: Brad Dourif (A voz do Chucky, o Boneco Assassino), Christopher Lloyd (O Dr. Emmett Brown de "De Volta para o Futuro"), e o eterno Danny DeVito. 

Destaco a atuação Dourif que interpretou Billy Bibbit, um jovem completamente perturbado que chegou a realizar algo que... Bom, vou deixar vocês descobrirem...

Louise Fletcher e Brad Dourif
Jack & Chief
Milos Forman conseguiu idealizar uma obra poeticamente sincera que prende nossa atenção do começo ao fim. A mensagem de sensibilidade é um dos focos. Este filme consegue provar que o cinema pode mudar as pessoas. O cinema pode ajudar as pessoas a abrirem seus olhos. Uma obra nesses moldes possui força suficiente para isso. O realismo de "Um Estranho no Ninho" é arrebatador.

Todos devem assistir "Um Estranho no Ninho" pelo menos uma vez na vida. Um filme que transcende a linha de mero entretenimento para fazer jus ao cinema. Para fazer jus a 7ª ARTE!

NOTA: 10

Garota Exemplar (2014)


Olá, meus caros.

"Garota Exemplar" é o novo thriller investigativo do diretor David Fincher. É difícil de acreditar que um cineasta nunca tenha feito um filme ruim, mas Fincher se encaixa nesse parâmetro. Outros de seus créditos incluem "Seven", "Zodíaco" e a obra-prima "Clube da Luta".

Não irei comentar muito sobre "Garota Exemplar". Discernirei somente minhas impressões sumárias. Qualquer análise mais profunda pode entregar parte da trama e desse modo o suspense seria reduzido, se não extinguido. Porém, já lhes adianto que é um ótimo filme.

História: Nick Dunne (Ben Affleck) é o principal suspeito do desaparecimento de sua esposa Amy (Rosamund Pike). O caso acaba se tornando uma grande manchete sensacionalista na televisão. Nick, só piora a sua situação quando começa a omitir informações da polícia. Junto com sua irmã ele precisará provar sua inocência e encontrar Amy. 

Em "Garota Exemplar" somos apresentados a uma trama surreal demais para convencer ao contato inicial. Tudo parece uma indefinida brincadeira. O mistério parece glamouroso demais para ser realidade. Todavia, conforme o filme se desenrola, a tensão aumenta consideravelmente,  e acabamos sentindo mais simpatia pela narrativa.

Somos apresentados a um relacionamento caótico e insincero que beira os limites da sanidade. Como Nick está em busca de sua esposa desaparecida, o filme é contado em partes por flashbacks, que por sua vez,  podem ou não ser reais. 

Não gostei da atuação de Ben Affleck, que ficou o filme inteiro com cara de bunda. Sua atuação não convence. O filme possui diversos erros na narrativa, precisamos forçar demais para acreditar nas situações apresentadas. Diversas ações inconsistentes, que nos fazem perguntar se os personagens tinham cérebro.

Bom, pelo menos para mim, o brilho do filme está nas críticas. É difícil esbarrarmos em uma obra que alfinete tanto a hipocrisia e os comportamentos doentios do ser humano.

Crítica pela falta de comprometimento e diálogo em um relacionamento. Crítica a falta de sensibilidade das pessoas. Crítica a mídia sensacionalista, que está disposta a tudo para gerar dinheiro. Crítica a alienação da massa, que se deixa influenciar muito facilmente pelo que é dito na mídia. Crítica da futilidade humana. Crítica da psicopatia presente em muitos que se escondem atrás de rostinhos bonitos...

Eu poderia continuar mas acho que vocês já entenderam. Ou seja, além de um bom filme na essência da palavra, "Garota Exemplar" nos abre as portas para refletirmos sobre alguns temas mais sérios.

Inúmeras pessoas reclamaram do final. Ele é subjetivo e interpretativo, mas não ruim. É simplesmente uma abordagem inconvencional para um thriller.

Vale a pena conferir "Garota Exemplar". Me lembrou muito de Hitchcook, só por esse fato já foi uma experiência recompensadora.

NOTA: 7.5

Caminhos da Floresta (2014)


Olá, meus caros.

"Caminhos da Floresta" é o mais novo musical da Disney. Eu particularmente não me afeiçoou por musicais, e em certo ponto cheguei a pensar que o problema estava em mim. Talvez eu não entendesse o estilo suficientemente para gostar dele.

Mas esse filme me fez pensar em algo interessante que refutou essa minha concepção. Eu realmente sou apaixonado por "Jesus Cristo Superstar" e por "The Rocky Horror Picture Show". Já "Caminhos da Floresta" eu não terminei nem de assistir. 

Portanto, o problema não está em mim e sim nos filmes. Está provado que eu consigo gostar de um musical, mas sinceramente a maioria é uma porcaria na minha modesta opinião. "Caminhos da Floresta" me surpreendeu com as péssimas músicas e ridículas interpretações. Eu sai do cinema em poucos filmes, este estando incluído.

História: Fábulas mundialmente famosas como Cinderela, Rapunzel e Chapeuzinho Vermelho se entrelaçam acidentalmente. Todos os personagens estão em uma Floresta Encantada tentando concretizar seus respectivos objetivos, seja levar o doce da vovó ou chegar ao baile a tempo. Uma bruxa (Meryl Streep) pede para um padeiro certos itens, dentre eles a capa vermelha de chapeuzinho e o sapato da Cinderela, em troca ela irá retirar a maldição imposta sobre a família do padeiro.

O elenco é grandioso, com destaque para Meryl Streep e Johnny Depp. Entretanto, nem isso conseguiu salvar o filme. A ideia do filme é original, apresentando uma renovação interessante nos famosos contos de nossa infância. Mas a execução é fraca.

Johnny Depp interpreta o "Lobo Mal". Coloquei entre aspas, pois aquilo está longe de parecer um lobo. Na realidade é o Depp com bigode. Ficaram mais preocupados em mostrar o rosto do ator do que instaurar um pouco de realidade a trama. Nosso querido Jack Sparrow vai de mal a pior nas telonas. Eu ainda não assisti seu outro novo filme, chamado "Mordecai". E sinceramente vou pensar duas vezes antes de chegar perto do cinema. "Mordecai" está recebendo críticas terríveis!

Meryl Steep interpreta a Bruxa. É isso, ela não tem nome. Apenas Bruxa. Nossa, que criatividade!! Atuação bem fraca e sem graça, sinceramente nem pensei que fosse a talentosa Streep.

Mas minha maior queixa são as músicas. Isso que me fez parar de assistir. Um musical ter uma trilha-sonora ruim é inaceitável! Simplesmente inaceitável! Músicas chatas que dão dor de cabeça. Nada marcantes! Realmente espero que esse pedaço de lixo seja esquecido o mais rápido possível! Walt Disney teria um infarto se visse essa tentativa de filme! NÃO PERCAM SEU TEMPO!

NOTA: 0

Prêmios


Você concorda que as premiações do cinema devam existir? Estou falando sobre o Bafta, Saturn, Globo de Ouro, Palma de Ouro e principalmente o Oscar. Essa postagem será bastante pessoal. Não peço que você concorde comigo. Tento analisar filmes da maneira mais imparcial possível, mas dessa vez irei expressar minha opinião do por quê eu não concordo com a existência dos prêmios no cinema.

Quem acompanha o blog sabe que eu não dou muita atenção para os prêmios. Eu não ligo se esse ou aquele filme ganhou Oscar. Se esse ou aquele ator tem 5 Globos de Ouro.

Se houve uma época em que os prêmios valeram alguma coisa, hoje eles são apenas jogos políticos e/ou um amiguinho presenteando o outro. Sem mencionar a especial predileção por filmes da moda ganharem prêmios. 

Vocês sabiam que são os próprios atores da Academia que votam nos ganhadores do Oscar? Agora será que o detestável James Franco tem senso crítico para participar de uma escolha tão importante? Me diz você...

Já fomos agraciados por verdadeiros desastres na premiação do OSCAR:

- Al Pacino não ter ganho um prêmio por Scarface. 
- Stanley Kubrick, o maior diretor de todos os tempos, nunca ganhou Oscar de Melhor Diretor.
- O grandioso "Cidadão Kane", talvez o maior filme de todos os tempos, perdeu o Oscar.

Sem mencionar inúmeras  outras atrocidades. Não dá para levar a sério uma instituição dessas. 

Outro motivo por eu não dar atenção aos prêmios é simples (Deixando a politicagem de lado e deduzindo que a premiação será feita da maneira mais honesta possível). Se você recebe um prêmio, é sinal que as pessoas decidiram que você o merece. E quando você não recebe, significa que as pessoas decidiram que você não o merece. Delimitar uma linha tão subjetiva é mera inconsistência e está sujeita a diversos erros. Às vezes, um filme importante para certo diretor, apesar de bom, não é nem mencionado. É frustrante para os próprios artistas.

Não estou falando que a meritocracia não é importante. Estou dizendo que as premiações visam a concretização de seus próprios interesses.

Os prêmios, americanos ou europeus, são apenas instrumentos de perpetuação de influência, garantindo mais dominação sobre o senso crítico da massa populacional. Já ouvimos muito a frase: "Esse filme ganhou Oscar de melhor filme" ou "Essa atriz ganhou Palma de Ouro". Eu sempre penso: "E daí?".

O cinema, assim como a música, deixou de ser uma arte para se tornar uma indústria. E o que uma indústria gosta? Isso mesmo, dinheiro. Simples assim. E para consegui-lo tais indústrias estarão dispostas a tudo, inclusive manipular a mente das pessoas, instaurando em nosso cerebelo o que é e o que não é bom.

Além do mais os prêmios americanos tendem a não arriscar. Dificilmente eles premiam um filme que abusa de uma temática mais incomum. Religião, sexo e política (Se não for a americana) estão de fora. Eles também tendem a não premiar filmes que abusam de sangue (Caso não seja o Tarantino. Está vendo quando eu disse que é um amiguinho presenteando o outro).

Filmes realmente bons são excluídos da lista simplesmente por possuírem elementos diferentes. De vez em quando, Hollywood toma uma decisão correta. Mas de "vez em quando" não é o suficiente, pelo menos para mim.

Sinto um pouco mais de afeição pelas premiações europeias. Assim como os americanos, elas erram feio às vezes, mas no geral percebo uma melhor escolha dos indicados.

O único prêmio relativamente interessante é aquele que o próprio público escolhe. Creio que a imparcialidade seja maior. Contudo, até este está sujeito a distorções. Por exemplo, um fanboy (Pessoas fanáticas por certas celebridades ou filmes) irá fazer de tudo para votar 1000 vezes em um certo filme (Geralmente essas votações são feitas pela internet). Aí não adianta nada.

Os prêmios de festivais independentes ou de algum círculo de críticos tendem a ser mais precisos quando se trata de selecionar os vencedores.

Resumindo, a melhor época do Oscar foi quando ele não existia. Não se deixe enganar por esses moldes de ouro. 

Abraço a todos!

Mil Séculos Antes de Cristo (1966)

Olá, meus caros.

Na década de 60 entrou em ebulição um estilo peculiar de filmes: Histórias de dinossauros. Curiosamente, a Hammer Films, enveredou por este caminho (Para fazer um dinheirinho a mais) e produziu "Mil Séculos Antes de Cristo".

A Hammer Films é um estúdio britânico que ficou famoso nas décadas de 50 e 60 por fazer remakes dos filmes clássicos de terror da Universal da década de 30. 

Ou seja, Drácula, Frankenstein, O Médico e o Monstro, dentre outros clássicos, foram refeitos com uma didática mais compatível com a da época. Foi acrescentado sangue e nudez! Assim como, a dupla Christopher Lee e Peter Cushing se imortalizou na história do cinema como os maiores "badasses" do terror. Como a maioria dos filmes do Hammer, "Mil Séculos Antes de Cristo" também é um remake, neste caso do filme americano "O Despertar do Mundo" de 1940.

Uma fantástica aventura pré-histórica, recheada de divas da época, incluindo a bela Rachel Welch. Com certeza, seu filme mais icônico. Não é por menos, vocês não acham?

Peraí que eu vou ter um infarto e já volto...
História: Um corajoso, mas encrenqueiro caçador chamado Tumak é banido de sua tribo depois de brigar com seu pai, o líder troglodita Akhoba. Após vagar pela vastidão do deserto, Tumak é resgatado por uma tribo mais "civilizada" daquela a qual pertencia. A nova tribo, além da caça, também sobrevive da agricultura. A organização entre os membros é muito mais clara, cada grupo se responsabilizando por uma tarefa. Loana (Raquel Welch), uma das integrantes da estonteante ala feminina da tribo, se afeiçoa por Tumak assim que se conhecem. Sua admiração cresce ainda mais quando Tumak salva uma criança de um ataque de dinossauro. Contudo, a paz de Tumak não dura muito. Ele acaba se interessando por um novo tipo de arma, uma lança mais moderna, que a tribo constrói para se proteger, e consequentemente entra em confusão com um dos integrantes da nova tribo. Tumak é banido  novamente. Mas dessa vez ele não estará sozinho. Loana se apaixona por ele e decide acompanhá-lo. Disposto a confrontar o pai, Tumak opta por regressar a sua tribo. Juntos, Tumak e Loana precisarão enfrentar as tenebrosas adversidades do mundo pré-histórico e aniquilar o tirano líder Akhoba.

O filme não possui diálogos. As ações dos personagens são responsáveis pela comunicação e não as palavras. Um elemento interessante que deu um toque de veracidade a trama, afinal, a linguagem oral realmente não deveria existir. 

Outro aspecto bastante interessante são os efeitos-especiais dos dinossauros, realizados em stop-motion pela mestre Ray Harryhausen. Na época não existiam efeitos-especiais computadorizados, portanto, as coisas tinham que ser feitas no braço!

STOP-MOTION é a técnica onde um artista cria figuras (Dinossauros, pessoas, plantas...) usando massa plástica, deixa a figura imóvel e tira uma uma foto. Em seguida, a figura é mexida alguns milímetros e se tira outra foto. Depois de repetido esse processo algumas centenas de vezes, coloca-se uma foto em sequência da outra em velocidade. A impressão que temos é das figuras estarem se movimentando. Com isso, seres antes só imaginados poderiam tomar forma na tela do cinema.

O filme mais famoso de stop-motion é sem dúvidas a versão original de KING KONG.

Harryhausen não foi o criador dessa técnica, mas ele foi o responsável por populariza-la. Outros de seus créditos incluem: "Jason e os Argonautas" (1963), "A Nova Viagem de Sinbad" (1973) e "Fúria de Titãs" (1981). Harryhausen faleceu em 2013 aos 92 anos.



"Mil Séculos Antes de Cristo" possui uma grotesca imprecisão histórica: Humanos e dinossauros nunca coexistiram! 

Os temíveis lagartos gigantes da pré-história foram extintos, provavelmente por um meteoro do tamanho do ego do Cristiano Ronaldo, por volta de 65 milhões de anos atrás. O primeiro vestígio do Homo sapiens data por volta de 200.000 anos atrás, ou seja, temos um lapso temporal de algumas dezenas de milhões de anos.

Bom, como o próprio Harryhausen disse: "Fizemos esse filme para os jovens se divertirem e não para professores exigentes."

Sinceramente, eu concordo. Já li críticas de pessoas acabando com o filme por esse erro. Se formos julgar lógica, "Star Wars" ou "Noite do Pesadelo" se tornam os filmes mais impossíveis que existem. Cinema é para entreter, o resto é bônus. E daí se tem um errinho ou outro. É só não dar nota dez. 

Tartaruga no deserto? O roteirista deixou a lógica em casa.
Temos outro erro. Mas dessa vez a culpa é do Brasil. Ou melhor, dos departamentos de distribuição do Brasil. Já estamos acostumados com as alterações ridículas que fazem nos títulos dos filmes, certo? Nesse caso o erro foi matematicamente insano.

O título original de "Mil Séculos Antes de Cristo" é "One Million Years B.C.". Na tradução literal fica "Um Milhão de Anos Antes de Cristo".

Mil séculos são: 1000 x 100 = 100.000 anos. 

Poxa! De 1 milhão para 100.000 temos 900.000 anos de diferença! 

Deixando esses detalhes de lado, "Mil Séculos Antes de Cristo" é muito divertido. As cenas de luta entre os dinossauros são extremamente bem feitas. Os esfeitos especiais de Harryhausen se tornaram icônicos. Temos vulcões em erupção, terremotos e toda sorte dinossauro, 30 anos antes de Jurassic Park ser lançado. É demais! 

O filme soube trabalhar bem com a tensão e os ângulos das câmeras. Tudo é perfeitamente compreensível. É um filme simples, mas de muito bom gosto. Sem dúvidas um belo filme para assistir com a família numa sexta a noite. "Mil Séculos Antes de Cristo" cresceu com o tempo e hoje é considerado um clássico menor.

NOTA: 8

Livre (2014)


Olá, meus caros.

A contribuição para o cinema do diretor canadense Jean-Marc Vallée este ano, não foi nem de longe tão boa quanto a do ano passado com o filme "Clube de Compras Dallas". "Livre" é uma biografia da jornada sentimental de Cheryl Strayed

História: O pai de Cheryl era um alcoólatra (Nossa, só ela teve um pai assim, né?). Bobbi, sua mãe, aguentou enquanto deu. Mas depois de casos de violência doméstica ela larga o marido e vai criar Cheryl e seu outro filho sozinha. Com dificuldades e abrindo mão dos próprios sonhos, sua mãe consegue criar Cheryl e seu irmão da melhor maneira possível. Amor foi algo que não faltou na criação das crianças. Quando Bobbi, a mãe super otimista e batalhadora morre devido ao câncer, Cheryl, com então 22 anos, fica arrasada, em parte poque antes da doença, Cheryl não dava muita atenção para mãe, constantemente jogando coisas na cara dela. Uma mulher egoísta e mimada, simples assim. A maneira que Cheryl encontrou para lidar com a perda foi começar a usar drogas pesadas (Maconha era tira-gosto para ela. Estamos falando de heroína), assim como trair seu amoroso marido com 95% dos homens do planeta Terra (E talvez de outros planetas!). Nisso, o maridão vai lá e salva ela do mundo das drogas, mas pede o divórcio. Cheryl, com o pouco dinheiro que possui, decide ingressar em uma jornada de auto-aperfeiçoamento espiritual. Bom, nada melhor para tal objetivo do que fazer uma trilha, não é? 

É isso! O filme inteiro ela fica andando e chorando. Andando e chorando. Durante 1000 km! Não é por menos que ela chora, depois de todas as cagadas que ela fez. O peso na consciência deve ser dos grandes. Para ela, fazer uma trilha é a suposta redenção dos pecados.

Nascer em um lar ruim ou ficar abalado por algum problema, NÃO é motivo para fazer merda. Ainda mais quando a merda vai magoar os outros. TODO MUNDO tem problemas, a vida é assim. Sempre existirão obstáculos, temos que saber lidar com eles e superá-los. Cheryl poderia muito bem ir tocando a vida com o marido e uma hora tudo ia dar certo. Mas não foi o que ela fez.

Agora eu gostaria de saber uma coisa... O diretor queria que eu tivesse compaixão por uma piranha drogada? Bom, se essa era a intenção, Jean-Vallée encontrou o expectador errado. Não me identifiquei e não senti simpatia nenhuma pela personagem. Os poucos momentos de sufoco que ela enfrenta na jornada, como uma unha arrancada ou esbarrar numa cascavel, é pouco perto do que ela merece. Ela constantemente pedia ajuda para outras pessoas, então, no fundo, o que ela fez nessa porcaria de jornada?? Fez eu perder meu tempo!

Não tem como sentir interesse em qualquer coisa que ela faça. Falta motivo para se afeiçoar por ela. Talvez só drogados consigam sentir o mínimo de compaixão por Cheryl.

O filme em si, na estrutura narrativa, é péssima. Totalmente sem dinâmica. Como assistir uma corrida de tartarugas em câmera lenta. A trilha sonora indie é de um mal gosto tenebroso. Me deu urticária. Um filminho de hipster feito para hipster.  

Só temos duas coisas boas no filme. A atuação da Reese Whiterspoon, independente da personagem tola que interpreta, foi muito boa. A fotografia também é razoável, mas cai entre nós, ir lá no meio das montanhas, planícies e florestas, e apenas deixar a câmera parada, não é algo tão difícil. Esse ponto não vai para o diretor ou cameraman, e sim para Deus, afinal foi ele quem criou o cenário.

Só recomendo o filme para quem é fã, mas fã mesmo de Reese Whiterspoon. Tem entretenimento muito melhor por aí.

NOTA: 3

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) - 2014

 Olá, meus caros.

História: Um decadente ator, que em certo momento interpretou um icônico super-herói, trava uma batalha com seu ego em uma tentativa de recuperar sua família e sua sanidade, ao mesmo tempo que tenta restabelecer sua carreira através de uma peça de teatro.

O diretor mexicano Alejandro González Iñarritu realmente me surpreendeu com este belíssimo filme. Uma trama elaborada recheada de excelentes atuações. Nunca pensei que Michael Keaton pudesse ser um ator tão habilidoso. (Sempre gostei dele! É o meu Batman favorito. Mas ainda assim fiquei surpreso).

Uma história original que retrata os enclaves do mundo do teatro, assim como os extremos da futilidade, dedicação e obsessão. Uma personagem que me chamou muito a atenção foi a filha do protagonista, Riggan Thompson (Keaton), interpretada por Emma Stone. Seu papel foi o de uma menininha mimada, que mesmo sendo uma drogada, quer dar lição de vida nos outros. Sua definição de poder é se tornar viral na internet. Uma bela crítica para a geração imediatista e fútil da atualidade.

Filmado com tomadas longas, muitas delas levando até 15 minutos, nos sentimos em um teatro. Se esse era o objetivo de Iñarritu, ele com certeza conseguiu. O cameraman é um mestre! Birdman possui muitas cenas cômicas, humor inteligente garantido.

Uma obra-prima! Um clássico moderno! Impecável!

NOTA: 9.5

O Destino de Júpiter (2015)

 Olá, meus caros.

Depois do mediano "A Viagem" de 2012, os Wachowski tornam a criar um universo visualmente incrível, mas que possui sérios problemas com enredo e roteiro. 

Lana (Larry antes da mudança de sexo) & Andy Wachowski são as mentes criadoras por trás de Matrix. Mas estou começando a achar que eles nunca vão sequer chegar perto de superar sua maior obra.

História: Três irmãos de uma dinastia intergalática estão em pé de guerra pelo domínio do planeta Terra. Júpiter (Mila Kunis) é a reencarnação da herdeira de nosso planeta. Um dos irmãos contrata Caine West (Channig Tatum), um experiente mercenário para salvar Júpiter. O destino de Júpiter e do planeta Terra está nas mãos deles.

No meio do caminho esbarramos nos elementos que hollywood adora: atores glamourosos demais e um herói que consegue matar a galáxia inteira sozinho.

"O Destino de Júpiter" é lindo, é verdade. Um space-opera vislumbrante. Contudo, a beleza visual não compensa pelo maremoto de clichês presentes na obra. Eu tive uma postura otimista até a metade do filme, sempre falando para mim mesmo: "Vai melhorar...", "Tá quase lá...". Mas meus anseios não se concretizaram. Qualquer criança de 5 anos tem capacidade para surgir com um final como o desse filme.

Personagens ilógicos, cenas desnecessárias, heroísmo exagerado e um romance meia-tigela. Algumas das inúmeras falhas de "O Destino de Júpiter". Sem mencionar o final totalmente previsível. Se fosse qualquer outro diretor eu perdoaria, mas sendo uma obra dos Wachowski fica difícil. Cadê o roteiro? Cadê a profundidade dos personagens? Nada, só uma trama meia-boca.

Channig Tatum é um licomutante meio-albino, se é que isso faz sentido...
O Voldemort do espaço. O cara tem preguiça de falar! 
Não preciso mencionar que esse filme tinha potencial. Muito, muito mesmo! O universo de personagens que ilustra a trama é imenso. Com um pouco mais de trabalho "O Destino de Júpiter" poderia ter se tornado outra grande trilogia. Pelo contrário, eles preferiram usar todas as cartadas nesse filme, e ficou por isso. Nada mais merecido do que o fracasso comercial de "O Destino de Júpiter". Ele custou 176 milhões de dólares e arrecadou apenas 50 milhões até o momento. O filme do Bob Esponja está fazendo mais sucesso!

Tinarossaurus Rex é você? E aí, Jurassic Park 4 está ficando bom?
Olha o tamanho da orelha!
Eu ainda recomendo "O Destino de Júpiter", afinal ele tem alguns pontos positivos. Só espero que essa análise prepare as pessoas para o que elas irão enfrentar para que dessa maneira possam aproveitar um pouco mais o filme. Focar-se apenas na experiência visual será mais gratificante.

NOTA: 6.5

O Jogo da Imitação (2014)

Olá, meus caros.

Uma brilhante biografia sobre Alan Turing, o homem responsável por decifrar o código "indecifrável" do Enigma.

Para os que não estão familiarizados com a história da Segunda Guerra Mundial, apresento um pequeno resumo do principal panorama descrito no filme. Os nazistas utilizavam uma máquina eletro-mecânica chamada Enigma para enviar suas mensagens mais importantes, geralmente aquelas relacionadas as medidas ofensivas das tropas alemãs e futuras estratégias. Os princípios básicos do Enigma margeiam o de um telégrafo sem fio, ou seja, envio de mensagens através de ondas eletrônicas. A diferença consiste no fato do Enigma enviar mensagens criptografadas. Sem a palavra-chave é virtualmente impossível de decifrar a mensagem.

Máquina Enigma
Para tentar decifrar o código, a inteligência britânica recrutou alguns jovens matemáticos, dentre eles Alan Turing, um recluso gênio fascinado por códigos e criptografia. Turing foi o primeiro o desenvolver as bombas mecânicas, que auxiliaram definitivamente a combater o Enigma em um tempo muito mais rápido.
Alan Turing em 1951
Bom, agora sobre o filme em si... No fundo tenho apenas uma queixa.

O filme deu muito espaço para Turing, como se ele tivesse feito tudo sozinho! Realizei uma pequisa depois de assistir o filme e cheguei a conclusão que ele teve ajuda. E muita! Inclusive de pesquisadores poloneses, que por sua vez, já tinham conseguido algum sucesso nas tentativas de decifrar o Enigma.


Deixando essa pequena imprecisão histórica de lado, ressalto que "O Jogo da Imitação" é um filme fabuloso. Um elenco perfeito, que soube imergir na atmosfera do filme e nos presentear com performances que realmente convencem. Benedict Cumberbatch, que interpreta Turing, é de fato um dos melhores atores da atualidade e sua atuação merece um Oscar. Todo o restante do elenco soube manter suas atuações ao nível de qualidade do filme. Destaco a atuação da magérrima Keira Knightley, o único papel feminino do filme.

"O Jogo do Imitação" é o primeiro filme em inglês do diretor noruêgues Mortem Tyldum, assim como foi o primeiro roteiro do escritor Graham Moore. Belíssimas estreias para ambos.

A trilha-sonora é simplesmente maravilhosa. Foi composta por Alexandre Desplat, por quem ando tendo especial atenção desde "O Grande Hotel Budapeste". Seu trabalho me afeiçoa bastante.

O filme possui uma ótima fotografia, que unida com modestos efeitos-especiais e gravações históricas reais, caracteriza uma visão bastante convincente da Inglaterra da década de 40. Uma trama bem elaborada, com apelação romântica, rivalidades, intrigas e até alguns bombardeios aéreos.

O filme só peca um pouco pelo fato de ser muito parecido com "Uma Mente Brilhante" de 2001. (Será que é por isso o filme se chama "O Jogo da Imitação"?? kkk). As frustrações e desejos dos personagens são semelhantes. Ambos passam por problemas pessoais e ambos querem ser lembrados por algo importante. Todavia, o tratamento que os filmes tiveram em outros aspectos foi relativamente diferente.


O nome do filme não está diretamente relacionado com a história do Enigma. O Jogo da Imitação na realidade foi uma estudo elaborado por Turing para descobrir quem é o humano e quem é a máquina digital (Ainda não existia computador) através de certas perguntas. Uma máquina não tem sentimentos, mas ela consegue imitar um ser humano até certo ponto. Se a pessoa responsável por fazer as perguntas não descobrir quem é a máquina e quem é o humano até o fim do jogo, a máquina ganha.

Alan Turing era homossexual e precisou conviver com esse segredo por quase toda a sua vida, pois, na Inglaterra, até a década de 50, era ilegal ser gay. Quando as pessoas eram descobertas como tal, o governo as submetiam a um tratamento hormonal de castração natural. É óbvio que a crítica a algo tão desumano é bastante explícita no filme.

Graças aos esforços de Turing em decifrar o Enigma, milhões de vidas foram salvas, encurtando a guerra em até 2 anos. Não obstante, sua postura visionária sobre as pesquisas de máquinas digitais foi responsável pelo começo do desenvolvimento dos computadores. Turing, independente de qualquer coisa, deve ser lembrado como um grandioso ser humano que contribuiu de maneira quase inigualável para o desenvolvimento da humanidade.

NOTA: 9

Whiplash - Em Busca da Perfeição (2014)

Olá. meus caros.

Todos nós temos sonhos. Seja ser professor, advogado, nadador, viajar o mundo ou se tornar um músico famoso. Tentamos fazer de tudo para conquistar esses sonhos no decorrer de nossa vida. O sonho de Andrew Neyman (Miles Teller), um jovem de 19 anos, é ser lembrado como um grande baterista. 

Andrew estuda no Conservatório Shaffer, o melhor de Nova Iorque. Ele é talentoso e mostra muito potencial. Um dos professores da escola, Terrence Fletcher (J.K. Simmons), o convoca para sua banda, que por sua vez, possui um nível de habilidade muito mais elevado do que aquele que Andrew tocava.

Fletcher possui uma didática de ensino bastante peculiar. Através de abusos verbais e intimidações profissionais ele tenta extrair o maior potencial possível de seus alunos, com o custo de poder colocar a sanidade dos garotos em jogo.

Andrew se torna obstinado em mostrar sua competência e consequentemente realizar seu sonho, apesar das investidas cada vez mais constantes de Fletcher. Limites físicos e psicológicos deixaram de existir para Andrew, mas a que custo?

O filme é bastante original. Uma história nova, mas bem simbólica para muitas pessoas. Temos abordagens bastante distintas para ações já conhecidas. O jovem diretor e roteirista Damien Chazelle soube elaborar a relação entre professor e aluno de maneira ímpar. Para os cinéfilos mais antigos a comparação com o sargento Hartman de "Nascido para Matar" será inevitável.

(Spoiler! Só leia depois de ter assistido o filme)

Eu sinceramente não me simpatizei com a concepção do personagem Fletcher. Para mim ele é tão surreal quanto um Transformer. Nos dias atuais, duvido muito que exista um professor que de tapa na cara dos alunos para eles se dedicarem mais. A filosofia de ensino de Fletcher se baseia em um evento histórico do mundo da música: Charlie Parker levando um chimbal (Prato da bateria) na cabeça por estar tocando mal. 

Parker se motivou com isso, se esforçou e se tornou um grande músico. Todavia, John Smith, Greg Jones ou José da Silva NÃO são Charlie Parker. A reação de outras pessoas poderia ser diferente ao que ocorreu com Parker. Por tal motivo, Fletcher não poderia nunca cobrar de maneira tão insana o comprometimento e habilidade de seus alunos. Cada aluno possui um psique diferente. Cada pessoa responde diferente a certas situações. Como que um professor tão espertão quanto Fletcher não sabe de algo tão simples? Um professor de verdade deve saber de que maneira extrair o potencial de cada aluno, usando seus pontos fortes para chegar a esse fim. E não colocar na cabeça que seu método de ensino insano é o correto. Não estou dizendo que um professor não deva repreender de maneira coerente um aluno. Mais tudo tem limite. E essa é uma palavra que Fletcher desconhece. 

Prova disso foi o suicídio de um de seus alunos e a quase desistência de Andrew. Mais uma coisa... Se ele é tão exigente com os padrões musicais, por que motivo ele próprio não é o maior músico do mundo? Ele é apenas um professor! Que exemplo ele pode dar aos seus alunos? Ah, já sei... Um aluno que se tornou um grande trompetista, mas que algum tempo depois se enforcou? Que belo exemplo, né?

Certas cenas são forçadas demais. Fletcher humilha Andrew, mencionando sua mãe, e o menino não fala ou faz nada?? Eu já teria enfiado a baqueta no rabo do Fletcher faz tempo.

O final é muito subjetivo. Eles continuam brigados? Andrew se tornará um baterista famoso? A menina estava no auditório? Por que a mudança de temperamento tão súbita de Fletcher no final? Perguntas sem respostas. Em certos filmes, esse elemento até que cai bem... Mas achei que pontos demais ficaram em aberto em Whiplash. Não fundo, é um bom filme. Se você desconsiderar um pouco o surrealismo das situações, com certeza Whiplash será uma experiência gratificante. Como entretenimento com o bônus da lição de vida, Whiplash funciona perfeitamente.

As atuações são excelentes! J.K. Simmons deveria ganhar um Oscar (29/12/15 - Acho que previ o futuro, ele ganhou! Só falta o número da Mega-Sena agora).

É claro que a trilha-sonora é excepcional. As sequências de bateria são muito boas mesmo. Miles Teller desempenhou um papel difícil e conseguiu convencer. Uma atuação autêntica. Muitos jovens tentarão aprender bateria depois desse filme. 

Creio que o filme está sendo supervalorizado apenas por sua temática. Eu toco violão, flauta e gaita, e apesar de ser um protótipo de músico, tentei ser o mais imparcial possível na avaliação de Whiplash. Acredito que a grande massa não fez o mesmo. Whiplash como obra cinematográfica não é melhor do que "O Abutre", outro filme de 2014. Isso não impediu de Whiplash receber críticas melhores. Acho que é mais fácil se identificar com um músico do que com um jornalista sociopata (Não que eu seja sociopata, deixo bem claro, hein? Apenas gosto de ser sincero sobre filmes).

Concluo, recomendando Whiplash para todos, apesar de um ou outro errinho, é um filme brilhante.

NOTA: 8