Qual é a diferença entre Terror e Horror?

Prestem muita atenção, caso contrário... Vocês lembram o que aconteceu com o Johnny Depp no meu primeiro filme, certo?
Olá, meus caros.

A linha de divisão entre terror e horror é bastante intrincada, em especial nos dias atuais, onde ambas denominações se mesclam com imensa facilidade. Isso não é necessariamente algo ruim, pois, geralmente um acaba complementando o outro. Mas existem filmes e livros que de fato conseguiram se ater somente a um dos gêneros. Esse pequeno texto será minha contribuição para tentar emoldurar melhor a definição de cada um desses temas.

Terror está relacionado com o medo. É geralmente descrito como o sentimento de pavor que precede o evento aterrorizante. A alegórica antecipação em defrontar-se com o horror. Terror é o desconforto do corpo causado por algo que transcende o mais forte instinto de auto-proteção. É algo que faz com que se queira enclausurar-se em um salvaguardado refúgio. É uma resposta mental ao acontecimento. Terror é ainda o apogeu do medo: o susto. Após o susto, abrem se as portas para o horror ou para o alívio.

Terror é querer se esconder embaixo do cobertor para evitar o bicho-papão. É adentrar na floresta escura. Ou até fugir de um psicopata. Terror engloba o mistério e o desconhecido, e não a violência e o sangue.

Horror, em contrapartida,  está diretamente relacionado com a repulsa. A simples existência de algo indigesto, de uma realidade sórdida que sentimos vontade de fechar os olhos para não presenciarmos. Uma angustiante sensação de repugnância. Uma aversão irreprimível a alguma teatralidade horripilante. Uma impressão física de espanto causado por algo medonho.

Horror é a característica reação a cenas de mutilação, estupro e assassinatos a sangue frio. Ou  ainda torturas, deformações e rostos desfigurados. Horror geralmente está relacionado ao sentimento de repulsa que ocorre após se presenciar atos desse tipo.

Bônus: 

Suspense, por sua vez, é o gênero que manipula o medo. Que sustenta a tensão. É o liame entre os elementos do terror. É a palpitação da mente. Suspense é a insegurança e a dúvida perante o desfecho. Não é necessariamente exclusivo do terror, pode ocorrer no gênero thriller também.

Bom, meus caros, espero ter ilustrado da melhor maneira possível as características inerentes a esses gêneros. Essas nomenclaturas levantam algumas dúvidas de vez em quando. Mais para a frente farei uma postagem com a diferença entre comédia e ação... kkkkk... Brincadeira...

Abraço a todos.

A Teoria de Tudo (2014)

Olá, meus caros.

Stephen Hawking é um físico britânico reconhecido mundialmente por ter criado a teoria de que os buracos negros emitem radiação. Hawking também é famoso por ter escrito uma série de livros, que por sua vez, explicam diversos conceitos físicos de maneira didática e descontraída, abusando de questionamentos filosóficos. Seu mais famoso livro (E também o seu primeiro) é "Uma Breve História do Tempo", que ficou 237 semanas na lista de mais vendidos da Inglaterra.

"A Teoria de Tudo" é baseado na autobiografia de Jane Wilde, a primeira esposa de Hawking. A biografia descreve como transcorreram os principais eventos da vida do físico, como por exemplo, seu casamento, o nascimento de seus filhos, sua conquista do doutorado e principalmente o desenvolvimento de sua doença, a esclerose amiotrófica lateral (Também conhecida como doença neuromotora). Tal doença é caracterizada pela perda de movimentos dos músculos, apesar do cérebro continuar em atividade. 

O filme é realmente cativante. Uma verdadeira lição de vida, que nos mostra mais uma vez que o espírito humano é capaz de todas as coisas. Hawking, mesmo com sua deficiência, conseguiu alcançar seus objetivos e se tornam um dos pilares da física moderna.

Eu cogitei cursar física nos primeiros anos de vestibular. Eu inclusive fui aprovado no melhor curso de física do país, mas no fim acabei mudando de área. Sempre que é lançado um filme sobre física/matemática eu dispenso um pouco mais de atenção, afinal eu realmente gosto desses assuntos. "A Teoria de Tudo" não é repleta de cálculos matemáticos mirabolantes ou roteiros quase incompreensíveis como em "Interestelar". Se focaram quase que exclusivamente na vida pessoal de Hawking... Suas frustrações e suas inúmeras conquistas. Em suma, o filme conseguiu me impactar como a tempos não acontecia (Não gosto de admitir, mas eu até chorei no final).

Eddie Redmayne interpretou Hawking no filme. Em muitos momentos acreditei que era o próprio Stephen na tela. Sério, meus caros, Redmayne conseguiu encarnar a persona de Hawking. Belíssima atuação. Sem dúvidas a interpretação mais convincente de Hawking, superando e muito Benedict Cumberbatch que interpretou Hawking em 2004. Eddie ganhou o Oscar de Melhor Ator por esse papel. 

A atuação de Felicity Jones, que deu vida a esposa de Hawking, também foi maravilhosa. Deram muito espaço para ela no filme. Bom, isso é de se esperar, afinal de contas, o filme é baseado na biografia dela. Era possível sentir a angústia da personagem em vários momentos. Desejaram retratar todas as dificuldades e frustrações (Sociais e até sexuais) que Jane precisou passar ao lado de seu marido. Hawking era um gênio, eu concordo, mas cuidar dele durante 30 anos não deve ter sido tarefa fácil. 

O nome do filme está relacionado com o desejo de Hawking (E praticamente todo físico) de descobrir uma equação, um único raciocínio matemático que explicasse absolutamente tudo dentro do universo... Sua criação, expansão, sua constituição física e se algum dia ele retrocederá ao seu estado inicial. Portanto, "Teoria de Tudo" é um nome mais do que apropriado. Todavia, veremos no filme que o Universo pode ser a vida e as conquistas de cada um.

Os aspectos técnicos do filme, como figurino e iluminação são razoáveis. A trilha-sonora é incrível e tem muita presença no decorrer do filme. Foi composta pelo islandês Jóhann Jóhannsson. O filme é despretensiosamente inofensivo. Muitas vezes lúdico. Agradável de se assistir, transcorrendo muito bem em toda sua extensão. 

Uma ou outra parte eu achei bastante controvertida. Hawking constantemente "zomba" de Deus. Nada muito grave, não estou falando de zombaria no estilo Gorgoroth (Clique aqui se tiver coragem), e sim de colocações inoportunas vez ou outra. Para Hawking não há necessidade de seguir a Deus, mesmo que se creia em sua existência. Hawking diz que as leis da físicas são perceptíveis e imutáveis. Que o Universo é governado pelas leis. Diz que podemos observar o mundo e até mesmo deduzir o futuro com considerável precisão, utilizando os conceitos da física. Para ele, pode ter sido Deus que criou as leis da física, mas uma vez que as leis se tornaram acessíveis para os homens, a crença em Deus se tornou algo obsoleto, pois Deus não interfere para quebrar as leis. Muitos descrevem sua doença como um castigo divino. Fica a encargo de cada um tirar suas conclusões.

Somos apresentados a cenas bem subliminares sobre o relacionamento de Hawking com sua esposa Jane. Momentos de sacrifício inerentes a qualquer casamento, mas que foram substancialmente potencializados pela doença de Hawking. No decorrer da trama somos expostos a um quadro das necessidades humanas mais primordiais. É claro que na vida real deve ter sido mil vezes pior do que é retratado no filme. Jane Wilde foi uma verdadeira heroína. Poucas pessoas teriam suportado a pressão que durante anos ela precisou carregar. 

Como eu disse, me comovi ao final do filme. A história de superação de Hawking é inspiradora. Ele nos mostrou que basta acreditarmos em nossos sonhos para atravessarmos os limites físicos do homem. O ser humano foi feito para conseguir, foi feito para se superar. Robert Berman, um dos professores de Hawking, disse sobre ele: "Só era necessário para Hawking saber que algo poderia ser feito, e ele conseguia fazer sem ver como as outras pessoas o faziam". Hawking superou as expectativas dos médicos, que lhe deram 3 anos de vida quando a doença foi diagnosticado, e mostrou para o mundo o que ocorre quando um ser humano está determinado em realizar seus sonhos.

Hawking continua a escrever e a dar palestras ao redor do mundo. Recentemente fez declarações drásticas sobre a sua teoria original, ressaltando que grande parte dela estava errada. O problema é que a grande maioria dos físicos do mundo já acreditam na fundamentação da teoria dele e não querem admitir tal conclusão. Ah... Bastidores do mundo da física... Deve ser demais entrar numa reunião de físicos, né?

Hawking também é reconhecido por sua teoria de que existem infinitos universos paralelos ao nosso, assim como é reconhecido por suas teorias sobre viagem no tempo.

Hawking ocupou dentre 1979 e 2009 o posto de Professor Lucasiano de Matemática na Universidade de Cambridge, onde concluiu seu doutorado. Essa cátedra já foi ocupada por Sir Isaac Newton.

Hawking recebeu diversos prêmios no decorrer de sua vida, inclusive a Medalha Presidencial da Liberdade (O maior prêmio dado a um civil pelo governo dos Estados Unidos) e o título de Cavaleiro do Reino Unido (Sir). Todavia, mesmo sendo inglês, Hawking recusou essa última honraria. Aparentemente o motivo foi um protesto a falta de financiamento para as ciências pelo governo inglês na época.


Recomendo "A Teoria de Tudo" para todas as audiências. É um filme realmente agradável que nos transmite uma mensagem muito importante: Sempre continuar, não importando as circunstâncias. Também é uma ótima maneira de se aproximar um pouco mais do mundo da física e quem sabe se apaixonar por ele. Para quem quiser seguir esse caminho, lhes garanto que ainda existem inumeráveis mistérios para serem descobertos no Universo. Como o próprio Hawking disse: "Não deve haver barreiras para o empenho humano. Por mais difícil que a vida pareça, onde há Vida, há Esperança".

Abraço a todos.

NOTA: 9

Lucy (2014)

Olá, meus caros.

E se nós usássemos 100% de nosso cérebro? O que aconteceria? Aprenderíamos outras línguas rapidamente? Teríamos poderes telecinéticos? Ou uma super memória? Essa é a premissa fundamental dessa ficção dirigida pelo francês Luc Besson, que na década de 90 nos agraciou com o maravilhoso filme de ação "O Profissional".

História: Lucy, uma jovem vivendo em Taiwan, se envolve por acidente com traficantes. Estes, por sua vez, usam Lucy para transportar uma nova droga. A C.H.P.4, como é chamada, foi cirurgicamente inserida dentro do abdome de Lucy. Quando o invólucro que contém a droga se rompe, graças ao chute de um traficante, a substância é absorvida pelo organismo de Lucy em grandes quantidades. Com isso, a "desafortunada" moça passará a utilizar 100% de seu cérebro. 


O problema começa nessa parte do filme. Até então, a narrativa era muito boa e até fazia sentido. Não obstante, a atuação de Scarlett Johansson como Lucy foi bem convincente.

Mas o exagero simplesmente conseguiu estragar tudo. Parece que Luc Besson estava no LSD quando escreveu o roteiro, que aliás levou incríveis 9 anos para ficar pronto!

Dentre as inúmeras proezas que Lucy consegue realizar estão: Telecinese, ler mentes, mudar a forma física, controlar a matéria, viajar no tempo e no final do filme nem queiram saber! Ou seja, juntaram a Mística, o Profº Xavier, a Jean Grey, o Ciclope e todos os outros X-Men em uma única pessoa.

Já entendi! Se uma pessoa cheirar 30 kg de cocaína azul, uma overdose diabólica é a menor de suas preocupações. Na realidade a pessoa se tornará um super-herói indestrutível e possuidor de todo sabedoria humana. Ah, esqueci de mencionar que irá obter a imortalidade! Sério mesmo, Luc? Que baixaria! Eu esperava isso de qualquer um, menos de você.


O exagero vai além, muito além do além, do máximo acreditável. Sem mencionar que a premissa do filme é totalmente falha. Usar 10% do cérebro é um dos maiores mitos da ciência. Já foi provado que o ser humano utiliza 100% de seu cérebro.

Nossas funções neurais não funcionam isoladamente, ou seja, todo o cérebro trabalha em conjunto para desempenhar as atividades psico-motoras e cognitivas. Já foi provado através de ressonância magnética a total funcionalidade do cérebro. Não existe nenhuma parte inativa na massa cinzenta do ser humano. Bom, talvez na do diretor Luc Besson exista...

Sabe, eu até entendo a intenção dele. A questão não é o fato disso ser verdade, e sim, se for verdade... Mas o exagero é tão inexplicável que toda a situação se torna mais furada que camisinha de prostituta.

Bom, vamos falar um pouco dos aspectos técnicos dessa baboseira pseudocientífica.

Como eu disse, Johansson começou atuando bem, mas depois que ela foi intoxicada pela droga sua atuação ficou chata pra caramba. Sem expressão, sem graça, sem coração, sem tudo. Sei lá, acho que o diretor queria que ela parecesse um robô.

Morgan Freeman tá mais ou menos. Min-Sik Choi (O Oldboy da versão coreana) interpreta o líder dos traficantes. Não foi uma atuação fantástica, mas foi a melhor desse filme.

Músicas ruins sempre fora de lugar. Péssima cena de tiroteio (Todo mundo erra os tiros, depois de um tempo chega um coreano maluco fazendo um ultra powerslide e explode tudo com uma bazuca!!).

O filme também possui uma horrenda imprecisão arqueológica, descaradamente ensinando errado para as audiências.

Lucy foi o nome dado para o "primeiro" fóssil de um de nossos descendentes. De cerca de 3.2 milhões de anos, o fóssil em questão era uma fêmea do Australopithecus afarencis, encontrada em 1970 na Etiópia pelo antropólogo americano Donald Johanson. Lucy era considerada a primeira primata com uma estrutura esquelética adaptada ao andar ereto.

O nome do primata Lucy é uma homenagem a célebre canção dos Beatles, Lucy in the Sky with Diamons. Todos sabemos da época em que o quarteto de Liverpool era aficionado por drogas sintéticas. Tal fato ficou registrado em diversas de suas músicas, inclusive a mencionada. Observe as iniciais das palavras: LSD. Esta, por sua vez, foi a mesma droga que a Lucy do filme foi exposta.

Em 1982 foi descoberto o fóssil do Ardipithecus ramidis, um homídio ainda mais antigo que Lucy. O título de homídio mais antigo foi perdido por Lucy já faz tempo! Mas parece que Luc Besson não se importou com esse "detalhe" e resolveu fazer tudo errado mesmo...

É realmente irônico, Luc Besson fez um filme onde a protagonista usa 100% de seu cérebro, mas para o expectador gostar o mínimo possível, ele terá que desligar o cérebro totalmente!

A único elemento interessante do filme é o fato dele levantar reflexões filosóficas sobre a existência humana. De onde viemos? Para onde iremos? Esse tipo de coisa. Ando percebendo através de livros, filmes e pesquisas que o ser humano anda se importando muito com o tempo. E esse é um dos temas discutidos no filme: a imortalidade da mente/energia. O finitude da existência nunca esteve tão em alta. Será que estamos com medo do futuro? Da decrepitude inevitável da carne?

O filme levanta uma ou outra questão interessante, mas no geral, simplesmente não convence. Luc, por favor, use 100% do cérebro da próxima vez. Só recomendo para quem é fã(nático) pela Scarlet.

NOTA: 4 

Filhos da Esperança (2006)


Olá, meus caros.

Dirigido por Alfonso Cuáron, "Filhos da Esperança" é uma adaptação do livro homônimo de P.D. James. Já lhes adianto: é um excelente filme! A mensagem por trás da obra é extremamente pertinente e atual.

História: O filme se passa em 2027. Por algum motivo (Não explicado na trama) todas as mulheres do planeta começam a se tonarar inférteis vinte anos antes. Gradativamente a sociedade entra em colapso, pois, deixam de haver crianças no mundo e o ser humano percebe que seu tempo se tornou finito. Guerras nucleares acontecem, sendo a Inglaterra o último lugar onde se pode encontrar algum tipo de "civilização". A imigração ilegal para a Inglaterra é controlado com mãos de ferro por um governo totalitário. Uma mulher chamada Kee acaba engravidando, e fica a encargo de Teo (Clive Owen) levá-la para um lugar seguro. Seu filho representará uma nova luz na sociedade, trazendo esperança para todos. Todavia, um grupo de "ativistas políticos" deseja se apoderar do bebê para controlar o sentido de esperança que será dada ao povo.

O filme critica o autoritarismo ensandecido dos governos totalitários, que aparenta ser o único caminho para os tempos de catástrofes que nos esperam no futuro. O rico terá uma vida... E o oprimido sequer saberá o que é isso... Temos uma bela crítica a hipocrisia das causas políticas, onde muitos sequer entendem o que estão defendendo. O que na realidade era para ser uma ação voltado ao bem-comum, se torna uma desenfreada corrida atrás de poder e ideais distorcidos. A sociedade se torna distópica com uma facilidade estarrecedora. Isso se já não se tornou...

Um ataque frontal ao controle da mídia é descrito nos primeiros contatos com o filme. Somos transportados em uma jornada critica que passa pelos veículos de comunicação e pela burocracia estatal até os hediondos campos de concentração. O filme é um épico da fé e da esperança, que mesmo em meio aos piores presságios de ganância e futilidade, conseguem resplandecer nos corações de alguns.

Os detalhes estéticos da obra são excepcionais. Realmente se empenharam em construir um mundo destruído! Irônico, né? A sensação de apocalipse é inerente ao filme. A trilha-sonora é belíssima. Fiz questão de descobrir quem foi o compositor. A trilha-sonora não é original, na realidade são composições de Sir John Tavener (1944-2013), um concertista britânico respeitado por sua extensa obra de cunho religioso. 

Hilário, bicho!
Michael Caine interpreta Jasper Palmer, um vovô maconheiro que descobriu a fórmula para o baseado de morango (Ia fazer sucesso em várias universidades do Brasil, vocês não acham?). Caine se inspirou em John "Fucking" Lennon (Seu amigo na vida real) para criar a postura de seu personagem. No passado, Jasper havia sido um renomado cartunista político. Ele conheceu Teo, que era um ativista político, nesse passado nem tão distante e continuaram amigos até os eventos retratados no filme. Julianne Moore faz uma pontinha no filme.

A cena final é muito bem orquestrada. Filmada em tomada longa, os apreços pelos detalhes e pelo realismo merecem elogios.

O único "defeito" do filme é o exagero da Lei de Marino (Sabe, eu não achei uma nomenclatura para descrever uma Lei de Murphy invertida, portanto, decidi criar minha própria). Para os que não sabem ou não lembram, a Lei de Murphy é caracterizada pela máxima: "Se pode dar errado, dará!" Ou seja, espere o pior das situações, porque com certeza o pior acontecerá. A lei de Marino é o contrário da lei de Murphy: "Se pode dar certo, dará. Não importando as probabilidades. A Sorte estará ao seu lado.".

Apesar de todas as adversidades Teo e Kee sempre conseguem escapar. Não há psicopata, burocracia ou tiro de canhão que os detenha. Eles sempre escapam de uma situação mais desesperadora que anterior, não importa qual o inimigo. Sei lá, pareceu muito forçado, sabe? Eu sei que o filme é sobre a esperança... Sobre a fé... A luz em meio as trevas... Mas cai entre nós, se fosse na vida real eles teriam sido alvejados antes da metade do filme. Simples assim.

Escapar de tiros não é um problema, pelo menos para Clive Owen que no ano seguinte estrelou "Mandando Bala" (Para ler a crítica clique aqui), onde ele também salva um bebê, mas dessa vez é ele que sai matando os bandidos.

Concluo, recomendando veementemente "Filhos da Esperança". Uma experiência cinematográfica gratificante, recheada de boas atuações e ótimas críticas que continuam bastante atuais. Um verdadeiro estudo da hipocrisia e da esperança.

 NOTA: 8.5