Livre (2014)


Olá, meus caros.

A contribuição para o cinema do diretor canadense Jean-Marc Vallée este ano, não foi nem de longe tão boa quanto a do ano passado com o filme "Clube de Compras Dallas". "Livre" é uma biografia da jornada sentimental de Cheryl Strayed

História: O pai de Cheryl era um alcoólatra (Nossa, só ela teve um pai assim, né?). Bobbi, sua mãe, aguentou enquanto deu. Mas depois de casos de violência doméstica ela larga o marido e vai criar Cheryl e seu outro filho sozinha. Com dificuldades e abrindo mão dos próprios sonhos, sua mãe consegue criar Cheryl e seu irmão da melhor maneira possível. Amor foi algo que não faltou na criação das crianças. Quando Bobbi, a mãe super otimista e batalhadora morre devido ao câncer, Cheryl, com então 22 anos, fica arrasada, em parte poque antes da doença, Cheryl não dava muita atenção para mãe, constantemente jogando coisas na cara dela. Uma mulher egoísta e mimada, simples assim. A maneira que Cheryl encontrou para lidar com a perda foi começar a usar drogas pesadas (Maconha era tira-gosto para ela. Estamos falando de heroína), assim como trair seu amoroso marido com 95% dos homens do planeta Terra (E talvez de outros planetas!). Nisso, o maridão vai lá e salva ela do mundo das drogas, mas pede o divórcio. Cheryl, com o pouco dinheiro que possui, decide ingressar em uma jornada de auto-aperfeiçoamento espiritual. Bom, nada melhor para tal objetivo do que fazer uma trilha, não é? 

É isso! O filme inteiro ela fica andando e chorando. Andando e chorando. Durante 1000 km! Não é por menos que ela chora, depois de todas as cagadas que ela fez. O peso na consciência deve ser dos grandes. Para ela, fazer uma trilha é a suposta redenção dos pecados.

Nascer em um lar ruim ou ficar abalado por algum problema, NÃO é motivo para fazer merda. Ainda mais quando a merda vai magoar os outros. TODO MUNDO tem problemas, a vida é assim. Sempre existirão obstáculos, temos que saber lidar com eles e superá-los. Cheryl poderia muito bem ir tocando a vida com o marido e uma hora tudo ia dar certo. Mas não foi o que ela fez.

Agora eu gostaria de saber uma coisa... O diretor queria que eu tivesse compaixão por uma piranha drogada? Bom, se essa era a intenção, Jean-Vallée encontrou o expectador errado. Não me identifiquei e não senti simpatia nenhuma pela personagem. Os poucos momentos de sufoco que ela enfrenta na jornada, como uma unha arrancada ou esbarrar numa cascavel, é pouco perto do que ela merece. Ela constantemente pedia ajuda para outras pessoas, então, no fundo, o que ela fez nessa porcaria de jornada?? Fez eu perder meu tempo!

Não tem como sentir interesse em qualquer coisa que ela faça. Falta motivo para se afeiçoar por ela. Talvez só drogados consigam sentir o mínimo de compaixão por Cheryl.

O filme em si, na estrutura narrativa, é péssima. Totalmente sem dinâmica. Como assistir uma corrida de tartarugas em câmera lenta. A trilha sonora indie é de um mal gosto tenebroso. Me deu urticária. Um filminho de hipster feito para hipster.  

Só temos duas coisas boas no filme. A atuação da Reese Whiterspoon, independente da personagem tola que interpreta, foi muito boa. A fotografia também é razoável, mas cai entre nós, ir lá no meio das montanhas, planícies e florestas, e apenas deixar a câmera parada, não é algo tão difícil. Esse ponto não vai para o diretor ou cameraman, e sim para Deus, afinal foi ele quem criou o cenário.

Só recomendo o filme para quem é fã, mas fã mesmo de Reese Whiterspoon. Tem entretenimento muito melhor por aí.

NOTA: 3

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